A rede de unidades hospitalares do Estado ganhará um reforço permanente, o Hospital Leonardo Da Vinci (HLV). A unidade, que estava desativada há alguns anos, foi requisitada pelo Governo do Estado para compor temporariamente a rede de hospitais no enfrentamento da Covid-19 no Ceará. Nesta terça-feira (28), a Secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), Magda Almeida, confirmou que o hospital permanecerá a serviço do Estado, mesmo depois da pandemia.
O Hospital Leonardo Da Vinci começou a atender exclusivamente pacientes com a Covid-19, no dia 23 de março, exatamente três dias depois do decreto oficial de quarentena no Ceará. Hoje a unidade já recebeu mais de 1.900 pacientes com a enfermidade. Além de pacientes de Fortaleza, onde a unidade de saúde se localiza, o hospital também recebeu enfermos advindos do interior do Estado.
Investimentos
De acordo com Magda Almeida, o hospital faz parte dos investimentos feitos, pelo Governo Estadual, que prezavam pela continuidade de prestação de serviços em um cenário pós-pandemia. "A gente investiu principalmente em estruturas que são permanente. A maior parte, foi investimentos em locais onde essas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e esse respiradores fossem utilizados depois que a pandemia passasse. Por isso a gente investiu, por exemplo, no Leonardo Da Vinci", explica a secretária.
"A intenção é que esses leitos, possam ser desabilitados ou desativados para Covid, mas vão permanecer para outras doenças. Os únicos leitos que serão desativados completamente, são os leitos dos hospitais de campanha, que eram leitos de retaguarda para os hospitais", enfatiza.
De acordo com a plataforma IntegraSUS, da Sesa, atualizada na noite da terça-feira (28), o HLV oferece 150 leitos ativos de UTI, sendo que 115 estão ocupados, apresentando assim, uma taxa de ocupação de 76.67% dos leitos de UTI. Já quanto aos leitos de enfermaria, a unidades disponibiliza 66, e no momento 54 estão ocupados, mostrando uma ocupação de 81.82%.
Pós-pandemia
Mesmo ainda estando em meio ao período pandêmico, a queda no número de casos em Fortaleza, que já está na Fase 4 de reabertura econômica, fez a Sesa já começar a estudar as possibilidades do que o hospital acolherá quando esse período passar. "Existem propostas e estamos vendo a viabilidade. Um deles é que ele permaneça sendo a referência em doenças infecto parasitárias, até porque a equipe toda já foi treinada nas formas de biossegurança mais exigentes e não é interessante que a gente perca esse investimento que foi feito", destaca Magda.
Para a Secretária Executiva, a unidade que já ajudou a recuperar mais de mil cearenses da Covid-19, também dará outras possibilidades para ser integrada ao sistema estadual de saúde, mas isso ainda depende da viabilidade financeira. "Então para doenças infecto-parasitárias é uma possibilidade que continue, mas a gente tá pensando outras propostas também, como, por exemplo, cuidados paliativos e desospitalização", aponta. "Então, são possibilidades que a gente tá vendo, observando como é que a pandemia vai diminuir e como é que a gente pode fazer esse novo formato do Da Vinci para servir também a rede estadual", diz.