Um dia após receber a "orientação" da Escola Educar Sesc para não renovar a matrícula para 2018 da filha Lara, 13 anos, a mãe da menina trans, Mara Beatriz ouviu o pedido de desculpas da instituição. A escola se pronunciou publicamente através de nota após o post relatando o episódio de transfobia escrito pela mãe viralizar nas redes sociais. Até o início da tarde desta quarta-feira ( 22), a postagem da mãe da menina tinha mais de 31 mil comentários e cerca de 27 mil compartilhamentos.
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Além de pedir desculpas à estudante e sua família, a instituição também afirmou que vai apurar o caso e tomar as devidas providências para que Lara tenha sua matrícula assegurada em 2018. "O Sistema Fecomércio-CE e a Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental, em Fortaleza, lamentam profundamente que qualquer atitude, fruto de preconceito ou desconhecimento, tenha causado sofrimento à família da Lara. A direção do Sistema determinou imediata apuração e tomada de providências para o acolhimento da aluna, bem como a adoção de protocolos para que fatos semelhantes não voltem a acontecer.O Sistema Fecomércio-CE é inclusão e educação. Reforçamos que a aluna tem a matrícula assegurada para 2018, como todos os estudantes veteranos da Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental.À família, nosso sincero pedido de desculpas", dizia a nota.
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Diante do contato, Mara Beatriz diz que ainda não decidiu se vai manter a filha, matriculada desde os 2 anos da instituição de ensino, na escola. Ela também manteve o protesto que acontece na tarde de hoje em frente a Escola Educar Sesc.
"O Sesc me procurou pessoalmente pra se desculpar, mas deixei claro que o ato ia ser mantido, porque toda a comunidade LGBT se sentiu ofendida com isso. Foi um dano moral irreparável que toda a família sofreu. Precisei me expor pra dar visibilidade a isso, e está sendo um desgaste muito grande. Temos recebidos comentários de apoio, mas também de ódio.Já vinha tendo esse desgastes com a escola. Só uma nota dizendo que a matrícula tá garantida não é suficiente", declarou.
Amanhã, a família se reúne com a Defensoria Pública para decidir quais serão os procedimentos legais adotados para o caso.
Protesto em frente à instituição