Com menos de 1% de contágio por Covid-19, escolas de Fortaleza terão reabertura ampliada em 2021

Secretário da Saúde do Estado aponta que estabilização de casos e óbitos na Capital é crucial para retorno das atividades presenciais escolares e universitárias

O retorno de crianças e adolescentes ao ambiente escolar presencial é classificado como “de alta prioridade” pelo poder público, para o ano que vem. De acordo com o titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Dr. Cabeto, as testagens periódicas de professores e estudantes neste ano apontaram taxa de contágio baixa, de cerca de 1%, indicando que a reabertura das instituições em Fortaleza será ampliada em 2021.

Até a manhã desta quinta-feira (31), 6.994 estudantes cearenses testaram positivo para a Covid-19: 6.190 estão recuperados e 13 morreram em consequência da doença, conforme a plataforma Integra SUS, da Sesa. Do total, 618 dos casos e sete das mortes foram registrados em Fortaleza.

Dr. Cabeto reconhece que há “um prejuízo enorme” em manter as crianças fora das escolas e que, por isso, têm sido reforçadas as medidas para garantir o retorno.

“Elaboramos protocolo de testagens de professores e testagens aleatórias semanalmente nas escolas, para garantir a segurança. E vimos até agora que o contágio foi baixo, menor que 1%. Se continuar assim, a ideia é que a gente amplie a abertura dessas escolas e universidades”, aponta o secretário.

A segunda onda de casos do novo coronavírus enfrentada por Fortaleza, porém, emerge como um possível obstáculo aos planos. “A volta às aulas presenciais depende, claro, dos indicadores. O Comitê analisou os números e há uma tendência de redução de casos e óbitos na Capital, mas é preciso que isso se consolide. É necessário dar segurança ao professor, à criança e aos pais”, pontua.

Proteção a professores

Na última quarta-feira (30), o governador Camilo Santana oficializou o pedido de inclusão de professores no primeiro grupo de vacinação contra a Covid-19 em 2021, por meio de ofício ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e afirmou esperar que o Governo Federal “saiba dar a devida importância à proteção” aos docentes.

O gestor estadual já havia anunciado que as atividades escolares presenciais voltariam a partir de fevereiro do ano que vem, “mas garantindo que tenhamos aulas presenciais e aulas remotas”. O planejamento de retorno das redes pública e privada caberá também às gestões municipais.

Neste mês de dezembro, os preparativos para retorno ao ensino presencial também foram iniciados em Juazeiro do Norte. A Associação das Escolas Particulares do Cariri (AEPC) realiza a testagem em massa dos profissionais da educação da cidade, com meta de testar 300 professores e funcionários diariamente, até completar dois mil testes.

Retorno presencial

No Ceará, as aulas presenciais voltaram, em setembro, em determinados níveis e turmas e com restrição da quantidade de alunos. Em outubro, houve ampliação desse retorno. Mas, por enquanto, somente as escolas privadas reiniciaram as atividades. Segundo decreto do Governo do Estado, os estabelecimentos de ensino podem fechar totalmente por 14 dias caso haja registros de Covid-19 nas instituições e não for detectado vínculo entre os estudantes e/ou profissionais contaminados pelo vírus.