Alunos e funcionários denunciam estrutura precária de escola estadual de Fortaleza

A Seduc informou que os serviços de reforma devem ser realizados com maior intensidade nas férias escolares, para minimizar prejuízos pedagógicos para os alunos

Alunos e funcionários da Escola Estadual Dom Helder Câmara, no Bairro Quintino Cunha, em Fortaleza, denunciam o estado precário da estrutura do prédio, cujas vigas são sustentadas por escoras e ripas de madeira. Segundo professores, o colégio passa por reforma desde junho de 2019, após a caixa d’água ameaçar romper. 

“A escola está toda rachada, eles colocaram escoras para segurar as paredes, a situação está muito precária. A gente tem medo porque essas rachaduras estão praticamente no teto da nossa sala. Passamos uma semana sem aula, mas temos aula no prédio com a reforma acontecendo. A direção pede para não se aproximar da obra e diz que está tudo sob controle”, relata uma aluna da instituição. 

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado do Ceará informou que “adotou as providências necessárias para garantir a segurança da comunidade escolar.” Afirmou ainda que, o uso de escoras é uma orientação da engenharia da Superintendência de Obras Públicas (SOP), que acompanha a reforma. 

Uma professora, que preferiu não se identificar, relata que obras de reforma tiveram início no primeiro semestre de 2019 e, desde então, poucos funcionários trabalham para que a obra seja concluída.  A escola recebe alunos entre 14 e 20 anos, nos turnos da manhã, da tarde e da noite. 

“A gente fica com medo. Minha filha passou duas semanas sem vir para a aula por isso. Ela reclama, diz que tem medo”, conta a mãe de uma das alunas da instituição.