O Ceará vive a expectativa de mais um acesso para a Série A, neste domingo (24), que pode ser conquistado na última rodada da Série B, quando entra em campo contra o Guarani/SP, no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP). O Vozão, que só depende de sí para o acesso, tenta seu 3º acesso por pontos corridos, e seria a 3ª vez que subiria fora de casa.
Em uma destes acessos, o último, em 2017, foi conquistado em Criciúma, na penúltima rodada daquela edição, com o Vozão conquistando o acesso ainda antes de entrar em campo, após tropeços dos rivais diretos. E o técnico daquela equipe marcante foi Marcelo Chamusca.
Com seu nome marcado no clube, o treinador é recordado com muita simpatia pela torcida alvinegra. No Ceará, Chamusca comandou a equipe em 29 jogos, sendo 16 vitórias, sete empates e apenas seis derrotas. Totalizando um aproveitamento de 66,7%.
O treinador recordou o momento vivido com a equipe em 2017, comentou sobre a temporada que fez em conjunto com o clube e ainda relembrou jogos marcantes feitos naquele acesso.
“Começamos bem a Série B [no Paysandu], mas na décima rodada eu recebi a proposta do Ceará. Analisando o elenco e o investimento, vi que era uma oportunidade de fazer um trabalho em um grande clube. Eu já tinha trabalhado no Fortaleza e teria a oportunidade de trabalhar em outro grande clube do estado, o Ceará. Aceitei, porque vi uma oportunidade de acesso”, disse o treinador.
Marcelo Chamusca com o Ceará na Série B, estreou na 10ª rodada com vitória por 3 a 0 contra o Oeste, no Estádio Presidente Vargas. A equipe era a 12º com 12 pontos e embalou no returno, conquistando o acesso em 3º com 67 pontos.
Jogos marcantes
A caminhada do Ceará de Marcelo Chamusca foi repleta de jogos marcantes, principalmente no Castelão. E o treinador relembrou dois deles, um diante da torcida e outro fora de casa contra um poderoso adversário.
“Tiveram alguns jogos que foram emblemáticos nessa campanha. Um deles foi contra o Internacional, no Beira Rio. Era o jogo do acesso do Inter para a Série A e nós conseguimos vencer por 1 a 0, um gol de Elton, um jogo bem estratégico, um jogo muito tático, um time muito consistente. E esse resultado foi muito importante, não só pela questão da nossa pontuação naquele momento, mas como a forma como o resultado foi construído e as dificuldades também”, disse. “Um outro jogo que me marcou muito também foi o jogo contra o Paysandu, onde a gente conseguiu vencer por 2 a 0. Neste jogo o Pio fez um gol de falta logo no início do jogo, o Castelão lotado, e o Elton fez o segundo gol no segundo tempo. A partir daí nós chegamos a 63 pontos e ficamos muito próximos do objetivo, que era alcançar os 65. Mas com 63, a gente, antes de jogar a 37ª rodada contra o Criciúma, a gente já obteve o acesso”, contou.
Apoio da torcida
A torcida do Ceará dentro do Castelão, é referida por muitos que passaram por lá, como um 12º jogador. Com Marcelo Chamusca não foi diferente e o treinador ressaltou a importância do apoio do torcedor durante a campanha de 2017.
“A torcida joga muito com o time e quando se cria essa sinergia time-torcida com comissão técnica-diretoria, o time fica praticamente imbatível. É muito difícil jogar no Castelão. Foi isso que acabou acontecendo. O time encaixou, pegamos uma sequência boa de resultados, entramos no G4. Era um grupo muito unido, era um time que competia muito, a gente tinha um elenco com jogadores de qualidade, então tinha sempre boas peças de reposição. O trabalho foi se desenvolvendo até que nós conseguimos o objetivo principal que era o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro”, contou Marcelo Chamusca.
Ele relembrou o momento da chegada de Criciúma, após o Vozão conquistar o acesso.
“E o momento que me marcou mais foi o nosso retorno de Criciúma. A cidade praticamente parou, milhares de pessoas na rua, a gente desfilou no carro de corpo de bombeiro, com muitas pessoas, milhares de pessoas, e isso foi um momento que ficou marcado na minha carreira futebolística. Um momento de muita emoção, de estar podendo proporcionar ao torcedor essa alegria depois de muitos anos com o Ceará na Série B”, finalizou o treinador.
O treinador baiano também falou sobre a importância de ter esse feito em seu currículo e como a conquista do acesso foi um divisor de água na sua carreira de treinador de futebol. “O acesso em 2017 foi um divisor de águas da minha carreira no futebol. A Série B é uma competição muito difícil, o Ceará vinha há alguns anos tentando, então foi um feito muito importante na minha carreira, que de fato fez com que a gente, naquele momento, mudasse o nosso status de carreira. Me deu a oportunidade também, em 2018, de conquistar um título estadual com o alvinegro. Pela primeira vez, trabalhei na Série A como treinador, já que eu já tinha trabalhado como auxiliar. O acesso me proporcionou todas essas oportunidades e o meu sentimento é de muito orgulho por ter conquistado. E para mim é sempre um prazer relembrar tudo que a gente passou em 2017 com o Ceará”, contou o treinador.
Torcida por Léo Condé
Perto de retornar para a Série A do Campeonato Brasileiro, com uma vitória de distância da elite do Brasileirão, o treinador Marcelo Chamusca falou do seu sentimento em relação ao momento que o time cearense vive na Série B e sobre o companheiro de profissão, Léo Condé, que comanda a equipe.
“Eu fico muito feliz. É um sentimento de alegria ver o Ceará se aproximando desse objetivo que é muito importante para o torcedor e para o clube, voltar para a Série A. Torço muito também porque no comando está Léo Condé, que é um amigo que eu fiz no futebol, um profissional que merece muito. O Ceará, pela torcida, pela grandeza, pela camisa, tem que estar disputando a Série A. É o local que o Ceará merece estar, na Série A. Então eu fico muito feliz em ver o Ceará se aproximando desse objetivo”, falou o treinador.