Seis clubes da Série A e dois da Série B assinaram nesta terça-feira (3), em São Paulo, um documento que dará início ao processo de criação da Libra (Liga Brasileira de Futebol). Clubes como RB Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo assinaram o documento com a Codajas Sports Kapital, empresa interessada em assumir os direitos da liga. O Cruzeiro e a Ponte Preta, que jogam a Série B, também aprovaram a criação da Liga.
A reunião contou com outros 18 dos 20 representantes de clubes da Série A. Cuiabá e Juventude não enviaram dirigentes.
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O documento gerou revolta em alguns dos presidentes dos clubes, que alegaram não terem sido avisados sobre a verdadeira intenção da reunião. Para eles, o momento seria de debates e ajustes da nova Liga, porém, eles reclamam que alguns clubes já chegaram com um estatuto em mãos. Para a aprovação da Libra, todos os clubes precisam assinar. Uma nova reunião será realizada na próxima semana, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com os 40 clubes da Série A e B do Brasileirão.
O que é a Libra?
A Liga Brasileira de Futebol (Libra) visa unificar os grupos de equipes existentes: Clube dos 6 e Forte Futebol. Ceará e Fortaleza, representantes nordestinos na Série A, integram o 2° grupo, encabeçado pelo Atlético-MG.
Apesar do intuito de unir os grupos, a criação da Libra trouxe expectativa e críticas por parte dos dirigentes de clubes brasileiros. Presidente do Athletico-PR, Mário Celso Petraglia reafirmou o desejo de dividir as cotas de forma igualitária: "nós queremos é dividir melhor, mais justo, e não o Flamengo ter 70 vezes o valor do Athletico-PR em pay-per-view. 70 vezes na mesma competição. Que joguem sozinhos."
Para Leila Pereira, presidente do Palmeiras, a criação da Libra é o "futuro do futebol brasileiro".
O intuito é celebrar a criação da Libra até 12 de maio na sede da CBF.