A funcionária que acusa de assédio sexual e moral o presidente da CBF, Rogério Caboclo, acrescentou dois nomes ao caso investigado pelo conselho de ética da entidade. De acordo com ela, há duas outras mulheres vítimas do comportamento do dirigente.
A inclusão não significa que essas duas funcionárias tenham denunciado ou vão denunciar o cartola, que nega ter cometido abusos e reitera a inocência. O dirigente foi afastado por 30 dias das funções.
Não são crimes o que investiga o conselho de ética da CBF. O órgão checa se houve violações ao código da entidade e por isso determinou o afastamento no domingo (8). Assim, assumiu interinamente a presidência Antonio Carlos Nunes por ser o vice-presidente mais velho.
Se o inquérito levar à destituição de Caboclo, Nunes terá de convocar uma nova eleição. Nesse caso, só poderão concorrer os atuais oito vice-presidentes da confederação. No momento, o retorno do presidente afastado é considerado altamente improvável.
O processo de desgaste do dirigente teve participação importante dos jogadores da Seleção Brasileira, que não têm boa relação com ele. A comunicação sobre a transferência da Copa América para o Brasil, malfeita segundo os atletas, ampliou a distância.