A Fifa iniciou processo formal e suspendeu provisoriamente três treinadores e um dirigente do Gabão. Eles são acusados de exploração e abuso sexual de menores. A Comissão de Ética da entidade começou os procedimentos preliminares ainda em 2021, quando as acusações surgiram.
Patrick Assoumou Eyi, ex-treinador da seleção sub-17 do Gabão, já era suspeito e investigado desde o ano passado. No entanto, outros três integrantes do futebol do país também apareceram no processo: Serge Ahmed Mombo, presidente da liga gabonesa, Triphel Mabicka e Orphée Mickala, estes técnicos de futebol no país.
O caso envolvendo Eyi foi revelado pelo jornal inglês The Guardian, em dezembro. Na matéria, as vítimas ouvidas revelam que o ex-treinador chamava a própria casa de “Jardim do Éden”. O ex-treinador, que atraía os jovens, é acusado de estupro de vulnerável.
Os envolvidos foram suspensos provisoriamente por 90 dias. Além disso, não poderão participar de atividades relacionadas ao futebol, seja administrativa ou de caráter esportivo. A punição é válida tanto em nacional quanto no internacional.
Em comunicado, a Fifa afirmou: "Essas sanções foram impostas em conexão com investigações criminais em andamento.” A Comissão de Ética da entidade recebeu as denúncias do sindicato global de jogadores FIFPRO, que disse que o abuso de meninos menores de idade no Gabão estava "profundamente enraizado" no futebol local e era "um segredo aberto que não foi abordado por anos".
Eles também alegaram que pessoas "com laços estreitos" com a federação do Gabão fizeram ameaças a jogadores e testemunhas durante a investigação. O Gabão é o mais recente país investigado por abuso sexual sistemático pela Comissão, que já baniu membros no Afeganistão e Haiti.