Personal trainers poderão acompanhar as atividades físicas individuais liberadas no Ceará, segundo novo decreto do Governo do Estado publicado este sábado (17). Com poucas mudanças, o texto prevê que a prática possa ser realizada em espaços públicos e abertos, mas com restrições.
O artigo 4º do decreto estabelece que a atividade tenha participação limitada a três pessoas, já incluindo o profissional de educação física. Acima disso, a prática é considerada coletiva, sendo proibida pela gestão estadual.
Caso atenda aos parâmetros definidos, a atividade pode ser realizada em locais como praças, calçadões, areninhas, praias, entre outros. A prática, contudo, pode ocorrer apenas das 5h às 20h de segunda a sexta, uma vez que o toque de recolher segue mantido nos dias úteis, e o lockdown, nos fins de semana.
O texto, divulgado mais cedo pelo governador Camilo Santana (PT), manteve o último decreto de flexibilização da economia. Nenhum segmento recebeu autorização para reabertura presencial. Conforme o governador Camilo Santana (PT), a permissão das atividades físicas individuais se dá "por uma questão de saúde da população".
Profissionais comemoram liberação
Após a divulgação da retomada das atividades ao ar livre, profissionais de Educação Física e representantes de academias de ginásticas comemoraram a permissão, embora tenham cobrado a reabertura de estabelecimentos privados. Por enquanto, academias, clubes de ginástica e boxes de crossfit seguem fechados.
A presidente do Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (Cref-5), Andréa Benevides considerou que a ação é "importante" neste momento, visto que "é necessário não agravar a situação de saúde da população". "Ela [a população] precisa fazer uma atividade física para melhorar tanto os aspectos de condicionamento físico como os aspectos mentais", afirmou.
Já diretora do sindicato das Empresas de Condicionamento Físico do Estado do Ceará (Sindfit), Sasha Reeves, embora reconheça a liberação da atividade física ao ar livre, critica a demora da reabertura dos espaços privados. "É um reconhecimento (do pleito), mas a gente gostaria de entender qual a orientação que essas pessoas que vão se exercitar ao ar livre vão ter, qual a fiscalização", pontua, afirmando que o segmento completará 60 dias de portas fechadas. "Estamos sendo colocados nas últimas fases como no ano passado".