Anderson Daronco apita duelo entre times de Cristiano Ronaldo e Roberto Firmino, na Arábia Saudita

Brasileiro foi o responsável por conduzir a vitória de 4 a 3 do Al-Nassr sobre o Al-Ahli

O árbitro brasileiro Anderson Daronco viveu uma situação diferente nesta sexta-feira (22). Ele foi o escolhido para apitar o confronto entre o Al-Nassr e o Al-Ahli, times de Cristiano Ronaldo e Roberto Firmino na Arábia Saudita. O clássico terminou com a vitória da equipe de CR7 por 4 a 3

Daronco aplicou cartão amarelo para Sadio Mané, marcou um pênalti feito por Anderson Talisca e ouviu reclamações de Cristiano, mas muitas reclamações mesmo. O astro português deu um chilique e reclamou bastante com o brasileiro.

Mas você deve estar se perguntando como o árbitro gaúcho foi parar na Arábia Saudita para apitar um dos maiores clássicos do país. A resposta é que a Liga Saudita tem o costume de chamar árbitros estrangeiros para apitar algumas partidas há algum tempo, apostando internacionalização da arbitragem.

Daronco é o segundo brasileiro que apita no país árabe nesta temporada e apenas seguiu os passos de outros juízes de renome. Quem também esteve por lá foi Ramon Abbati Abel. O catarinense apitou o triunfo do Al-Hilal por 2 a 0 sobre o Al-Ettifaq, no dia 28 de agosto.

Em entrevista ao ge, Wilson Seneme, chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, destaca que essa participação já ocorre há bastante tempo e que agora ganha repercussão pela presença de craques na liga.

"Esse processo já é realizado há alguns anos, a Arábia Saudita costuma convidar árbitros de outras ligas para dirigir os clássicos de lá. Agora é que isso está ficando mais em evidência, por causa da chegada desses jogadores de expressão", disse.

POSSÍVEL IDA DE EDINA ALVES

Seneme também afirmou que outros brasileiros como Wilton Pereira Sampaio e Raphael Claus já trabalharam no país do Oriente Médio é que o intercâmbio é muito válido para os árbitros locais.

"Hoje a liga árabe entra em contato com a Conmebol para solicitar um árbitro, a Conmebol decide de qual associação membro será o juiz e informa, no caso do Brasil, a CBF. A partir disso nós entramos em contato direto com a Arábia, e é a CBF que escolhe o árbitro de acordo com a disponibilidade da escala. É muito importante essas oportunidades porque desenvolvem os árbitros, dão experiência internacional, além de representar a arbitragem brasileira no exterior", destacou.- É muito importante essas oportunidades porque desenvolvem os árbitros, dão experiência internacional, além de representar a arbitragem brasileira no exterior.

Seneme revelou que estuda a indicação de Edina Alves Batista no futuro. Vale lembrar que a Arábia Saudita tem leis e costumes muito rígidos em relação às mulheres. Mesmo assim o chefe da comissão de arbitragem da CBF não descarta a possibilidade.

"Eu estudo no futuro solicitar a ida da Edina. Eles pedem que sejam árbitros de elite, da Série A e da Fifa, e ela se enquadra dentro desse perfil. Então, por que não um dia ela ser indicada?", finalizou.