Silvio Santos, ícone da televisão, também se arriscou na carreira política. Ele tentou disputar a eleição presidencial em 1989, a primeira pelo voto direto após quase três décadas.
O comunicador se candidatou pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB), extinto logo após o pleito.
A candidatura de Silvio Santos foi oficializada duas semanas antes do primeiro turno, 15 de novembro, mas foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro após ser contestada por partidos adversários, conforme lembra reportagem do g1.
O processo eleitoral em questão terminou com a vitória de Fernando Collor (PRN) sobre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, realizado em 17 de dezembro.
Mesmo sem ter sido aceita pelo TSE, a candidatura de Silvio Santos agitou a eleição de 1989. O apresentador se saía bem nas pesquisas eleitorais, chegando a alcançar 30% das intenções de voto.
Apenas 10 dias de propaganda eleitoral
O comunicador, que entrou tardiamente na disputa eleitoral e teve sua candidatura indeferida pouco tempo depois, contou com apenas 10 dias de propaganda. "É o 26! É o 26! Com o Silvio Santos, chegou a nossa vez!", dizia o jingle de campanha do apresentador, que tinha a mesma melodia de seus programas de auditório.
O programa de governo de Silvio Santos tinha como "prioridades básicas" ações nas áreas de alimentação, saúde, habitação e educação. Na época, prometeu que, se eleito, atacaria "imediatamente" a inflação alta e a falta de correção no salário mínimo.