A atriz Juliana Paes se emocionou ao lembrar o pai, Carlos Henrique, em entrevista ao “Conversa vai, conversa vem”, videocast do jornal O Globo. Ele faleceu em janeiro deste ano, após complicações de saúde. A atriz estava em Paris com a família quando soube da notícia e voltou às pressas para o Brasil.
“O Dia dos Pais foi muito difícil mesmo. Meu pai era o meu fã número um. Foi o cara que mais me apoiou. E sem poder, né? E queria me levar para os testes, me ajudar. Recortava jornais... Fui arrumar as roupas do meu pai depois que ele morreu e sabe o que eu achei? Um pôster de papelão em tamanho natural de uma capa de revista em que eu estava, assim, de biquíni... Ele roubou da banca de jornal! Ficou com vergonha e guardou no armário dele. Era esse tipo de pai”, disse.
Juliana reforçou que o pai era um grande suporte, na carreira e na vida. “Eu tinha uma coisa muito tímida, cerimoniosa. E ele dizia: 'Minha filha, a vida é para você nunca olhar com nariz acima, nem nunca olhar com nariz para baixo, para ninguém. É você de igual para igual com as pessoas'. Ele me deu uma segurança... Dizia: 'Você pode, você sabe'. E aí, eu perdi esse negócio. Era aquela pessoa que no meio desses turbilhões que a gente passa na carreira, falava assim: 'Os cães ladram e a caravana passa. Segue a sua vida, as pessoas te adoram, você é maravilhosa'. Imagina perder alguém assim?”.
A atriz também relatou que Carlos Henrique era um excelente avô para seus filhos, Pedro, de 13 anos, e Antônio, de 10.
“Ele fazia lá em casa o dia da Baby Paes. Dizia: ‘Sai, pode sair que quem vai ficar com as crianças sou eu’. Aí, dormia lá em casa, fazia cafofo, cabana com os meninos. Minha infância foi muito lúdica por causa do meu pai”.