O caso da filha da atriz Samara Felippo, que foi vítima de racismo no colégio onde estuda em São Paulo, foi tema central do programa “Chega Mais” desta segunda-feira (29). Comovida com a história contada, a humorista Juliana Oliveira desabafou sobre um episódio que ainda mexe muito com ela e que envolve o assunto da atração.
A integrante do time do programa “The Noite”, com Danilo Gentili, relevou pormenores do ocorrido. "O debate está sendo o racismo na escola, mas eu queria fazer um relato… O que me afetou profundamente foi em um local de trabalho. Antes de trabalhar no SBT, passei por uma outra emissora [a Band] e lá eu tive um diretor… Numa dessas saídas de sexta-feira, depois da gravação, ele chamou a gente para ir para a casa dele por ser perto. Nós, o pessoal do trabalho, fomos”, iniciou a comediante.
Abalada, Juliana contou que o homem tomou uma atitude inesperada: “Mas, em um determinado momento, ele pegou no meu braço e também no de um amigo que era produtor e nos expulsou do apartamento dele”. Surpresa com a situação, ela disse que demorou um pouco para se dar conta do que estava acontecendo.
No entanto, um detalhe foi o suficiente para que a artista e o amigo entendessem que tinham sofrido racismo. “Eu ainda fiquei olhando para o meu amigo na dúvida de que ele estivesse brincando, mas não estava. Em seguida, a gente foi se ligar que nós éramos os únicos pretos da festa”, acrescentou.
No fim, chorando bastante, a colega de palco de Danilo Gentili aproveitou para fazer um apelo: “Então, se você der conta de que está rolando racismo, faça logo alguma coisa. Eu me senti sozinha e ninguém fez nada por mim. Olha que estava lotado de gente… Tá aí a importância de você recriminar quem está falando isso”.