A 79ª edição do Globo de Ouro será realizada em Los Angeles no próximo domingo (9) sem público, celebridades e sem mídia, após um boicote por motivos éticos sofrido pelo evento, conhecido como a maior festa de Hollywood.
A Associação de Imprensa Internacional de Hollywood (HFPA), responsável pela votação, foi acusada de racismo, sexismo, bullying e corrupção, e a rede de TV NBC decidiu não transmitir a cerimônia este ano. "Por causa do surto atual da pandemia, saúde e segurança, permanecem uma prioridade maior para a HFPA", complementou a organização.
Os resultados dos prêmios de cinema e televisão serão anunciados na cerimônia, que acontecerá em um hotel de Beverly Hills, buscará ressaltar "o trabalho filantrópico de longa data da HFPA".
"Nos últimos 25 anos, o HFPA doou US$ 50 milhões para mais de 70 instituições de caridade ligadas ao entretenimento, à restauração de filmes, bolsas de estudo e esforços humanitários", destacou o grupo em comunicado. A organização também confirmou que não haverá público durante a cerimônia, devido à pandemia.
Baixas
A credibilidade do Globo de Ouro vem sendo questionada e há incertezas sobre seu futuro. Estúdios e anunciantes poderosos se negaram a participar da edição deste ano, enquanto astros do primeiro escalão se distanciaram da HFPA até que mudanças sejam feitas.
A organização, composta por pouco mais de 100 escritores de entretenimento ligados a publicações estrangeiras, foi rápida em fazer algumas mudanças, incluindo a admissão de seu maior número anual de novos membros no ano passado, em uma tentativa de renovação.
A questão da diversidade nas fileiras da HFPA foi levantada por uma investigação feita pelo jornal "Los Angeles Times", a qual revelou no ano passado que a organização não tinha um único membro negro.