O diretor de "Titanic" (1997), James Cameron, revelou que se ofereceu para contribuir com as buscas e investigações do submarino Titan, após desaparecimento da embarcação da OceanGate Expeditions, em junho de 2023. No entanto, não foi inserido no processo pelos agentes. "Eu me voluntariei para o comitê de investigação da Guarda Costeira", disse.
A declaração foi dada ao programa de televisão australiano "60 Minutes". "Eles deviam me convidar, mas não me chamaram. Para que ouvir um cientista? Acho que eles querem fazer as coisas do jeito deles. Estão envergonhados e não querem opiniões de fora. Essa é apenas a minha interpretação".
Cameron se tornou um especialista sobre o Titanic devido às detalhadas e intensas pesquisas que realizou para dirigir o longa-metragem de sucesso estrelado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. Ao todo, ele realizou 33 expedições ao local do naufrágio entre 1995 e 2005.
Críticas às buscas
Durante entrevista, ele afirmou que a Guarda Costeira omitiu informações sobre as buscas e o estado dos tripulantes.
"Eles passaram por toda a superfície falando sobre as 96 horas de oxigênio restantes. Todos sabíamos que eles estavam mortos. Não acho que tenham mentido, mas seguiram um procedimento torturante para as famílias das vítimas".
"Meu queixo foi caindo cada vez mais conforme os dias foram passando e eles não alertaram a todos. Todo mundo correndo como se estivessem com o cabelo em chamas enquanto já sabíamos exatamente onde o submersível estava. Mas ninguém podia admitir que eles não tinham os meios para descer e conferir", acrescentou.
Por fim, declarou que a OceanGate Expeditions quebrou as regras ao realizar a expedição. "Eles não deveriam ter recebido permissão legal para carregar passageiros".