No ar em "Travessia", da TV Globo, Cássia Kis, de 64 anos, fez um discurso homofóbico em entrevista exibida no canal da jornalista Leda Nagle na última segunda-feira (24). Após se reconhecer como católica e conservadora, a atriz afirmou que a "ideologia de gênero" e a relação de pessoas LGBTQIA+ representam uma ameaça à "família tradicional".
"Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas", iniciou a atriz, alegando que recebe "imagens inacreditáveis de crianças de 6,7 anos se beijando" em "beijódromo". Ela, no entanto, não apresentou nenhuma prova de que esse espaço exista nas instituições.
Para a atriz, o intuito disso é "destruir a família sem dúvida nenhuma, destruir a vida humana" porque, segundo ela, "homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho".
'Precisa de um óvulo e espermatozoide'
Cássia seguiu no tema questionando a formação da família brasileira, já que somente mulheres têm capacidade biológica de reprodução.
"Se você tem um casal gay é uma coisa quando eles querem adotar uma criança, mas e quando não tiver mais [o desejo]? Afinal de contas, isso ainda é gerado dentro do útero de uma mulher. Aí, você precisa de um óvulo e espermatozoide, sim".
Ainda na entrevista à Leda Nagle, a atriz considerou que a "pandemia foi maravilhosa" porque a ajudou a se descobrir uma pessoa conservadora.
"Eu estou com a vida cheia de Deus muito recente. Essa pandemia foi maravilhosa pra mim, ela me trouxe a verdade. Primeiro, eu conheci o Brasil Paralelo e fiquei assustada porque eram de direita e não que eu fosse de esquerda, porque eu já tinha me divorciado da esquerda lá atrás, em 2014. Ouvi falar do Olavo de Carvalho e sai fora do negócio", contou.