Cantora Luciane Dom relata ter tido cabelo revistado em aeroporto no RJ; Infraero nega

A artista foi selecionada por um revista aleatória, segundo a Infraero, mas negou que ela tenha tido o cabelo revistado

A cantora Luciane Dom relatou que teve o cabelo revistado por uma funcionária do Aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (14). Através das redes sociais, ela criticou a ação e falou sobre racismo.

"Eu estou no meio da divulgação de uma música minha que sai amanhã, tava feliz, vendo memes, lendo coisas leves que gosto, ai chego no aeroporto Santos Dumont e sou parada por uma 'revista aleatória', minutos antes de embarcar pra São Paulo", relatou.

Segundo a cantora, ela já havia passado pelo scanner corporal, assim como a mala que levava, quando foi abordada pela funcionária. "A mulher me diz: 'tenho que olhar seu cabelo'. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou", escreve.

"Tô assim... obviamente frustrada, obviamente decepcionada. Por mais que seja algo que eu já espere, porque a gente vive numa estrutura racista, é muito ruim quando acontece, porque fere algo muito profundo da nossa dignidade", declarou nos stories.

Veja a publicação:

Infraero nega revista no cabelo

Em nota publicada nas redes sociais, a Infraero declarou que Luciane foi "selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual.", mas negou que a cantora teve o cabelo revistado.

"Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve uma inspeção nos cabelos", diz o texto.

"Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro", continua.

"A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que façam necessários", finaliza.