A forrozeira Kátia Cilene gravou seu nome no forró. Com mais de 30 anos de carreira, a cearense eternizou grandes sucessos em sua voz e viu o forró eletrônico nascer e se transformar até flertar com o piseiro. Em entrevista ao "Que Nem Tu", a cantora relembrou o início da carreira ainda na adolescência, relatou as dificuldades de crescer na estrada, a saída do Mastruz com Leite e a decisão pela carreira solo.
A forrozeira é a 21ª entrevistada do podcast do Diário do Nordeste. Alan Barros e Karine Zaranza entrevistam, toda quinta-feira, um nordestino no Youtube do DN e nas principais plataformas de podcast.
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Kátia celebrou o crescimento do ritmo nordestino no país. Disse que enfrentou preconceito no início da carreira, mas que hoje há um respeito pelo forró. "Como eu venho dessa história aí (do forró das antigas) e na época, os forrozeiros tradicionais, Dominguinhos, Azeitona, também não gostaram quando iniciou esse movimento. Depois é que começaram a ceder. A gente começou a se encontrar nos programas de TV. Aì eu acho que a pessoa vai vendo coisas diferentes. Alí existe também um ser humano que tá querendo trabalhar. Mas no início houve essa polêmica, que eu acho super natural", relatou.
Ela contou que recebeu vídeos de integrantes do BBB cantando seu grande hit, "Meu Vaqueiro Meu Peão", reforçando que música boa permanece ao tempo. "Ninguem esquece. E é uma galera de 20 e poucos anos, 30..", comemora a cantora que passou 17 anos à frente da banda Mastruz com Leite.
Se hoje ela lota as grandes casa de show, Kátia relembra que a primeira vez que cantou em São Paulo foi para apenas uma pessoa. "Primeira vez que eu cantei em São Paulo não tinha nem garçom dentro da casa de show. Aí o contratante falou: Vcs vão tocar pra mim 5h de forró. Toca aí.E aí pouco tempo depois a gente estava estourado. Lotou uma casa com 10, 15 mil pessoas".