A Rússia anunciou, nesta terça-feira (24), que a vacina Sputnik V, teve eficácia "acima de 95%". A vacina é desenvolvida pelo Instituto Gamaleya contra o novo coronavírus. O anúncio foi feito 21 dias depois da segunda dose da vacina e 42 dias após a primeira dose.
Apesar do anúncio animador, os dados ainda são preliminares e não foram publicados em revista científica. A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, em agosto.
> Cientistas reagem com desconfiança ao anúncio de vacina da Rússia
> Precisamos de mais dados sobre a vacina russa, diz Ministério da Saúde
> Rússia libera primeiro lote da vacina contra Covid-19 para a população
Pessoas vacinadas
Os cientistas afirmam que das 18.794 pessoas vacinadas, 14.095 receberam a vacina, em ambas as doses. As outras 4.699 receberam uma substância inativa (placebo).
Entre os vacinados, houve oito casos de Covid-19 sete dias após a aplicação da segunda dose (e 28 dias após a primeira dose). Entre os não vacinados, houve 31 casos no mesmo período. Os números equivalem à eficácia de 91,4%.
Vantagem em relação a Pfizer
A temperatura de armazenamento da Sputnik V é de 2°C e 8°C (condições normais de refrigeração). A mesma da vacina Oxford. A vacina russa possui uma vantagem em relação à candidata da Pfizer, que precisa ser armazenada a -70ºC durante o transporte, e da Moderna, que precisa ficar a -20ºC.