Projeto de prevenção a afogamentos no Ceará possui 500 voluntários formados

Kitesurfistas e instrutores recebem aulas teóricas e práticas do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CMBCE)

O Projeto Kitesurf Guarda-Vidas, idealizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) já conta com 500 voluntários formados para prevenir afogamentos. Neste sábado (28), Dia do Voluntariado, o curso da turma mais recente foi finalizado. 

Programa de capacitação foi fundado em 2013. Os voluntários são praticantes e instrutores de kitesurf, e, a partir da formação, serão capazes de auxiliar na segurança no litoral cearense. 

O Kitesurf Guarda-Vidas é fruto de iniciativa social do Centro de Treinamento em Desenvolvimento Humano (CTDH) do CBMC, e conta com núcleos em Trairi, Jericoacoara, Cumbuco e Barra do Ceará, em Fortaleza. 

A última turma foi encerrada neste sábado na Ilha do Guajiru, localizada em Trairi. "Esse projeto reflete totalmente o lema do Corpo de Bombeiros, ‘Vidas Alheias e Riquezas a Salvar’. Pautamos nosso trabalho nas ações de prevenção aos acidentes e, sobretudo, ajuda ao próximo", pontua o tenente-coronel Gledson Barbosa, coordenador do projeto. 

Formação 

No curso, os participantes recebem aulas de teoria e prática de Salvamento Aquático, Atendimento Pré-Hospitalar (APH), além de Prevenção de Acidentes com Kitesurf e Técnicas de Resgate com o emprego do Kite.

Com média de 30 velejadores por turma, os voluntários passam por um simulado de resgate de afogamento ao final do módulo. 

"É importante que, quando estamos dentro da água, devemos entender que podemos fazer a diferença em uma situação de emergência por vários motivos. O principal deles é que estamos, muitas vezes, em locais, no momento em que os bombeiros ainda não chegaram para realizar o resgate. Nosso papel é prestar esse primeiro socorro", comenta o velejador Márcio Hernandez, que participou da formação em Trairi.

O curso chegou a ser suspenso durante momentos críticos da pandemia da Covid-19, mas, segundo o CBMCE, os avanços dos últimos decretos estaduais e a estabilidade de indicadores permitiram o retorno dos encontros presenciais.