Um foco de incêndio foi registrado novamente no Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza, nesta terça-feira (23). Porém, segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo já está controlado.
A situação ocorreu dois dias após as chamas terem sido completamente debeladas no equipamento. O incêndio havia iniciado na última quinta-feira (18), tendo chegado ao fim no domingo (21).
Conforme Rosa Moraes, empresária e moradora do bairro, o novo foco iniciou por volta de 5h e seguiu até as 14h. "Pelo menos aqui de cima não estou vendo fumaça. Foi bem cedinho de madrugada. Sempre começa perto dessa hora", relatou.
A major Juliany Freire, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros, confirmou que o fogo foi controlado e a situação está sendo monitorada pela equipe.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, em nota, que o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) segue com os trabalhos de prevenção em toda a área.
"Os bombeiros militares e os brigadistas da Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) que permanecem no local contaram, também, com o auxílio de imagens aéreas feitas por um drone da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Após identificar o local, três viaturas equipadas com kit florestal foram deslocadas e realizaram, imediatamente, o controle do foco", concluiu a nota.
Incêndio atingiu 10 campos de futebol durante cinco dias
O incêndio que atingiu uma área de cerca de 10 hectares do Parque do Cocó pode ter tido origem criminosa, e não natural. Essa é a principal linha de investigação conduzida pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE), como informou ao Diário do Nordeste a titular da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Vilma Freire.
“É uma área importante: qualquer perda importa. O trabalho já começou, mas estou oficializando por meio de portaria. Os profissionais vão analisar se a medida ideal é restauração, recuperação ou reabilitação da área”, pontua Vilma.
Conforme a secretária, a Polícia trabalha junto à perícia ambiental da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) para identificar se a origem do incêndio foi, de fato, criminosa.
“Já apareceu um indício: foi presa uma pessoa em flagrante ateando fogo numa área dentro da poligonal do Cocó. A linha (de investigação) que se trabalha é que foi criminoso, diante desse fato. Mal acabaram as fumaças e já havia outro incêndio”, lamenta a titular da Sema.
A fumaça fruto do incêndio se espalhou por 20 quilômetros, atingindo não somente diversos bairros de Fortaleza, como Joaquim Távora, São João do Tauape, Parquelândia e Pici, mas até áreas da Região Metropolitana.