Após mais de 20 anos, as obras na Avenida Sargento Hermínio chegaram ao fim. A reforma de duplicação da via foi entregue pela Prefeitura de Fortaleza nesta segunda-feira (11). A via agora conta com 1,5 km de pista dupla, sendo duas faixas de tráfego por sentido, com canteiro central, ciclovia e nova pavimentação em piso intertravado.
Segundo a Prefeitura, as intervenções fazem parte da segunda etapa da obra de alargamento, que corresponde ao trecho entre a Av. Padre Anchieta e a Rua Olavo Bilac. A nova via será integrada à primeira etapa já duplicada, que tem início na Av. José Jatahy, totalizando 2,5 km de pista dupla.
A duplicação teve um investimento de R$ 30 milhões, entre obras, desapropriações e indenizações de cerca de 77 imóveis que existiam no entorno.
A via é uma alternativa de rota às avenidas Bezerra de Menezes, Francisco Sá e José Jatahy, auxiliando o tráfego dos moradores dos bairros Álvaro Weyne, Monte Castelo e Presidente Kennedy.
Segundo a Prefeitura, houve a construção de novas calçadas e o plantio de 125 árvores. A via também recebeu sinalização horizontal e vertical com readequação da velocidade para 50 km/h, além de quatro novos semáforos (todos com estágio para pedestres).
Para o prefeito José Sarto, a requalificação torna a Sargento Hermínio mais urbanizada e alargada, além de criar uma conexão com o Parque Rachel de Queiroz, no bairro São Gerardo.
“É um privilégio entregar a Sargento Hermínio, que era esperada há mais de 20 anos. Em três anos e dois meses, estou entregando essa obra de requalificação. Fizemos 1,5 km de total transformação com piso intertravado, urbanismo e ciclovia. Aqui se torna uma conexão com o Parque Rachel de Queiroz, o que, certamente, vai ter um impacto muito grande, exponencial. É multiplicar na economia e na qualidade de vida de quem mora aqui, trabalha aqui ou passa por esta via”, afirmou Sarto.
ATRASOS
Conforme o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), em entrevista ao Diário do Nordeste no mês passado, um dos últimos entraves foi a intervenção nas redes de distribuição de gás, água e serviços de telecomunicações, por conta do alargamento da área de tráfego. Mas esse não foi o único entrave na obra. A requalificação acumula uma longa lista de empecilhos que fez a reforma, prometida em 2003, ser concluída apenas em 2024.
Conforme o Diário do Nordeste vem mostrando ao longo desse tempo, em 2008, ainda havia a expectativa da assinatura da ordem de serviço para início da obra.
Em 2020, sob efeito da pandemia, a intervenção na via foi paralisada e o contrato com a empresa responsável foi rescindido. À época, a Prefeitura apontou ainda a dificuldade na negociação das indenizações e o custo elevado para demolição dos imóveis — necessário para liberar o terreno e alargar a avenida.
Em 2021, outra reportagem mostrou o transtorno para os moradores, que sofriam com problemas respiratórios por conta da poeira no local e presenciaram constantes acidentes na região envolvendo motociclistas.