Em dia de incentivo à leitura, estudantes ocupam praça pública com livros no interior do Ceará

Ação ocorreu na Praça da Assembleia de Deus, também chamada de Praça do Povão, em Itapajé

A conhecida Praça da Assembleia de Deus, também chamada de Praça do Povão, em Itapajé, município do interior do Ceará, registrou uma movimentação diferente nesta segunda-feira (12). O local onde os transeuntes circulam no centro da cidade, localizada a 128 km da Capital, foi ocupado por 480 estudantes da Escola Estadual de Educação Profissionalizante Adriano Nobre em uma ação de incentivo à leitura

Portando livros de distintos gêneros, os alunos da rede pública usaram a praça como espaço de estímulo à prática de modo que quem está em volta do logradouro se sinta impulsionado a ler. O espaço “improvisado” de leitura foi ocupado no chamado de Dia D na Praça. Na ação, os alunos sentaram-se nos bancos e no chão do logradouro popular que abriga o letreiro com o nome da cidade. 

Conforme a gestão da escola, unidade que tem consolidado boas experiências e resultados há mais de 10 anos no Estado, sendo um dos equipamentos da rede estadual a se manter no topo da lista nacional das melhores notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - indicador que mede a qualidade educacional no país - , a ação antes acontecia dentro da própria escola e este ano a opção foi por fazê-la em um espaço aberto, por sugestão de um dos professores, Sérgio Magalhães. 

Histórico da iniciativa

O projeto Dia D da Leitura existe na EEEP Adriano Nobre desde 2010. Antes, segundo a direção, ocorria todo dia 18 de cada mês em homenagem ao escritor Monteiro Lobato. Mas, recentemente, com a saída de um profissional que atuou na unidade por mais de 25 anos, o professor Ricardo Carneiro, o evento de estímulo à leitura passou a ser todo dia 10 ou próximo a essa data. 

Nesta data, diz a gestão, a escola paralisa as atividades para “voltar as atenções de forma concentrada para os livros”. A ação envolve alunos, professores, o núcleo gestor e também funcionários como o porteiro. 

A professora de português, Luciane Bastos, afirma que a ação dá um pontapé inicial no hábito da leitura. “É um momento inspirador, pois o aluno, ao iniciar o livro, naquele ambiente que acabou sendo propício para a concentração dessa leitura, acaba tendo curiosidade suficiente para dar continuidade em um outro momento oportuno, o que proporciona um crescimento pessoal e profissional”.