O Ceará é o Estado com a menor proporção de homens no Brasil, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22). A população masculina é de 47,7%, contra 52,3% de mulheres, conforme o estudo.
Os resultados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que projetou dados para 2021. De um total de 9,23 milhões de cearenses, 4,4 milhões são homens e 4,8 milhões são mulheres.
Nos últimos 10 anos, o relatório aponta que a quantidade de homens sempre foi inferior à das mulheres no Estado. Porém, no último ano, a diferença se acentuou: de 2012 a 2020, o percentual variou entre 48% e 49%, sendo a primeira vez que fica na casa dos 47%.
Alagoas (47,8%), Rio de Janeiro e Sergipe (48%) e Distrito Federal (48,1%) aparecem em seguida na lista de unidades federativas com menor proporção de homens. Em apenas seis Estados, a população masculina é superior, sendo maior no Amazonas (51,5%).
Na análise do IBGE, dentre os fatores que podem influenciar nas diferenças regionais de razão de sexo, estão os fluxos migratórios e os diferenciais de mortalidade entre as Regiões.
A Pnad Contínua investiga a distribuição da população residente no Brasil por sexo, grupos de idade, cor ou raça e condição no domicílio.
O órgão ressalta que as estimativas ainda não incorporaram os efeitos da pandemia, que resultou na elevação direta dos óbitos, principalmente de idosos, e na redução de nascimentos.
Assim, os resultados do próximo Censo Demográfico, previsto para ter início no dia 1º de agosto, “serão fundamentais para a atualização das Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação”. Os dados são utilizados para o planejamento de políticas públicas.
Domicílios cearenses
O novo levantamento também trouxe informações sobre a ocupação das unidades de habitação. As unipessoais, ou seja, quando a pessoa mora sozinha, tiveram queda de 12,1%, em 2020, para 11,8%, no ano passado. Em 2018, o percentual havia chegado a 13,2%.
Após reduções em 2018 e 2019, a forma nuclear de domicílios voltou a crescer. Esse é o arranjo domiciliar mais frequente, sendo representado por casal com ou sem filhos/enteados; mãe com filhos, ou pai com filhos.
Antes em torno de 65%, o índice cresceu para 67,8%, em 2020, e para 68,6%, no ano passado.