Ceará confirma segundo caso de varíola dos macacos

Outros oito casos suspeitos seguem em investigação

Mais um caso de varíola dos macacos foi confirmado no Ceará pela Secretaria da Saúde (Sesa). A segunda confirmação é de um morador do município de Russas, um homem de 43 anos. Ele está em isolamento, segundo a pasta informou neste domingo (3). 

O novo diagnóstico da monkeypox no Estado saiu nesse sábado (2). O segundo caso vem três dias após o primeiro, quando foi confirmada a doença em um homem de 35 anos, morador de Fortaleza que este no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Outros oito casos suspeitos seguem em investigação no Ceará: Fortaleza (6), Juazeiro do Norte (1) e Guaramiranga (1). Essa última cidade é uma nova suspeita. 

"Em todas as notificações foram aplicadas as medidas recomendadas, como isolamento, busca ativa de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento", pontua a  Sesa. 

No total, o Ceará conta com 18 notificações de casos suspeitos de varíola dos macacos, com oito já descartados e o resto em investigação.  Foram descartados casos nos municípios de Fortaleza (2), Maracanaú (1), Cedro (1), São Gonçalo do Amarante (1), Caridade (1), Caucaia (1) e Ocara (1). 

O que é a varíola dos macacos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a doença recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa, em 1958. Somente em 1970, foi detectada em humanos. A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox.

Apesar de ser da mesma família da varíola humana, o patógeno causador da doença dos macacos tem menor risco de complicações. Segundo a OMS, a enfermidade é encontrada na África Central e Ocidental, onde há florestas tropicais e os animais que podem transportar a doença.

Ocasionalmente, pessoas com varíola são identificadas em outros países, após viagens de regiões onde a varíola é endêmica. 

Quais os sintomas?

Segundo a OMS, os sintomas duram entre duas e quatro semanas, mas desaparecem por conta própria sem tratamento. A orientação é que as pessoas com os sinais descritos abaixo procurem orientação médica e comuniquem possível contato com alguém infectado. Veja os sintomas: 

  • Febre;
  • Dores de cabeça intensa, musculares e/ ou nas costas;
  • Baixa energia;
  • Linfonodos inchados;
  • Erupções cutâneas ou lesões.

Geralmente, a erupção se apresenta de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, secar e cair. 

Segundo o órgão, o número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a milhares. A erupção tende a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Eles também podem ser encontrados na boca, genitais e olhos.