O filhote da raça border collie, de 4 meses, chegou a Fortaleza na noite dessa quinta-feira (3). Zoe embarcou em São Paulo com destino à Capital, na quarta-feira (2), mas foi esquecida pela companhia aérea durante uma escala do voo e foi parar no Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro.
Conforme a tutora do cão, a contadora Priscila Carneiro, após desembarcar, dessa vez no destino correto, o cachorro foi levado para um novo atendimento veterinário, onde foi submetido a exames laboratoriais que constataram que o animal está bem.
“Ela está bem, assim espertinha, graças a Deus. Chegou com fome! Estou feliz, mais tranquila.”
Na quarta-feira, a cadela já havia sido avaliada por uma equipe de saúde animal, fornecida pela Latam ainda na capital fluminense. Na ocasião, a veterinária responsável pela consulta emitiu um documento atestando que o animal não apresentava danos.
Apesar da assistência oferecida pela companhia, Priscila pretende entrar com uma ação legal contra ela. “Quando passou pela minha mente que poderiam ter levado a Zoe, sei lá, passou tanta coisa pela minha cabeça. Foi horrível!”, desabafa.
Chegada a Fortaleza
Zoe desembarcou em Fortaleza antes da previsão informada pela empresa aérea. Conforme a profissional de contabilidade, ela chegou ao aeroporto por volta das 17h30. Inicialmente, a empresa informou que ela deveria desembarcar às 18h, após pegar um voo sem escalas para o destino.
A contatora destaca que a experiência foi traumática.
“Uma coisa que peço é que eles [empresas aéreas] tenham mais atenção, por que isso não é a primeira vez. A Zoe, graças a Deus, teve um desfecho feliz, mas quantos outros não tiveram? E lembrando que a gente paga passagem cara, não foi de graça. Então ela merecia, sim, toda a atenção.”
“Fico pensando naqueles tutores que perderam [o animal]. Fico triste ao pensar que nem todos tiveram a oportunidade de receber os seus animaizinhos. Apesar de o avião ser um transporte seguro, a gente sabe que é um pouco de estresse. Então, se a companhia aérea desse todo o cuidado que o animal merece, isso ia amenizar muito esses problemas", completou.
Em nota, a Latam reiterou que manteve contato direto com a tutora, "que foi informada de todos os procedimentos adotados e estava ciente de que a Zoe estava bem cuidada e em segurança".
Ainda em comunicado, a companhia esclareceu que, "lamentavelmente, por questões operacionais, a cachorra não desembarcou em Fortaleza", como estava previsto para quarta-feira.
Auxílio terapêutico
A tutora já tem um cão da raça border collie, de 6 meses, chamado Enzo. A aquisição de Zoe foi para fazer companhia a ele. Segundo ela, os animais são mais que companheiros, são uma "terapia".
“Já tive depressão, passei por muitos problemas pessoais, e no animal encontrei um remédio. Apesar de tomar medicamento para ansiedade e isso me afetar muito. Então, no Enzo e na Zoe vivo como se fosse minha terapia. Então, eles me fazem muito bem, melhoram muito minha ansiedade, me ajudam a ficar mais tranquila", revela.
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