Uma rã foi encontrada na merenda oferecida a alunos de uma escola profissional em Maranguape, na Grande Fortaleza. O caso ocorreu na terça-feira (10) na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Salaberga Torquato Gomes de Matos, e publicado nas redes sociais. A Secretaria da Educação (Seduc) informou já ter "tomado conhecimento e adotado medidas".
Conforme a Pasta, a empresa que fornece alimentação ao colégio será notificada e haverá ainda uma visita da Seduc à instituição, "com a participação de técnicos da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 1, responsável pelas escolas da região, além de nutricionista da Seduc, para apurar os fatos".
O Diário do Nordeste verificou a situação com uma aluna, que não será identificada nesta matéria. A jovem denuncia também moscas no almoço e compartilha que é uma situação recorrente. Ela diz que "a instituição vem passando por esse tipo de caso há anos".
Ela recorda um caso em 2022, quando algumas reclamações sobre a higiene da cozinha foram feitas, e culminaram até na mudança da empresa de limpeza. Mesmo com essa ocorrência, ela reclama da forma como a instituição lidou com a falha sanitária.
"A direção não deu uma satisfação para os pais e nem para os alunos. Foi um caso que ficou somente na direção e foi resolvido somente com eles. Até que agora os alunos tiveram coragem de expor e ainda quebraram uma regra do regimento escolar, que fala que os alunos não podem divulgar nada do que acontece da escola nas redes sociais", afirma.
Alunos denunciam suspensões
Outro ponto de reclamação dos estudantes é que eles estão sendo punidos por levarem alimentos que não são feitos na escola. "Ano passado teve muitos casos recorrentes de suspensão, porque alguns alunos estavam levando comida para vender e outros alunos estavam levando alimento para consumir". Essa necessidade parte, justamente, por conta da insatisfação dos jovens com a comida servida.
Em nota, a Seduc pontuou que "não há orientação às escolas" para que os alunos tomem esse tipo de suspensão. Entretanto, fala que "por questões de segurança alimentar, é importante que a refeição seja preparada no ambiente escolar, para que possa ser acompanhado e, caso seja necessária, que haja a notificação à empresa contratada para prestar o serviço".
Cardápio é validado por nutricionistas, diz Seduc
Ainda de acordo com a Secretaria, a alimentação dos alunos da EEEP Salaberga possui cardápio "validado e assinado pela equipe de nutricionistas da Secretaria com base no que está estabelecido na legislação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)".
O texto aponta que "levando em consideração as exigências nutricionais por nível de ensino, são priorizados alimentos in natura, respeitando hábitos alimentares e cultura alimentar da região, levando em consideração uma alimentação saudável".
"Os alunos diagnosticados com necessidades alimentares especiais tais como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias alimentares, dentre outras, mediante a apresentação de laudo médico, têm cardápios adaptados de acordo com a patologia atestada, elaborados pela nutricionista do programa de alimentação escolar", diz a Seduc.