Retorno acelerado anima e estimula expansão
Em média, a recuperação do investimento pelo empreendedor ocorre entre seis e nove meses
Apostar em um negócio sobre rodas não é algo que demande muito tempo para obter retorno, de acordo com empresários que investiram no ramo.
Francisco Carlos investiu há aproximadamente um ano, cerca de R$ 44 mil em dois modelos de "Motocar", motocicletas com baú onde montou a Tetê Bolos.
De segunda a sexta-feira, em duas praças da Capital, o empreendedor vende os bolos e diz que, nestes 12 meses, já conseguiu recuperar o que foi aplicado. Isto o levou a projetar a ampliação da frota de motos com baú em 2018.
"Foi uma ideia que tive ao ver outra pessoa vendendo pizza, trabalhando com o mesmo veículo, na praia. Vi quando fui passear, achei interessante, bacana. Como eu já trabalhava como entregador na fábrica do bolo, tive a ideia de vender (nas motos), achei que seria bacana", relembra o comerciante.
"A moto tem baú, essa cabine que dá a impressão de que é metade carro, metade moto. Já conseguimos o retorno do investimento. A moto é diferente, chama muito a atenção do público, que tem curiosidade de ver o produto. Aí conhece, vê que é de qualidade e quem come, aprova na hora. O retorno, graças a Deus, já conseguimos. E já queremos comprar mais, aumentar a frota", comentou.
Adilson Nemi Júnior, da Full Trucks Brasil, relata o que ouviu de um cliente que conseguiu em um mês recuperar quase a totalidade do investimento.
"Tenho uma cliente que comprou um trailer de R$ 50 mil e no primeiro mês faturou R$ 48 mil e a média dela de faturamento é R$ 60 mil por mês. Tenho outro que comprou o equipamento por R$ 75 mil e em três meses estava tendo lucro. Isso varia de acordo com cada segmento e cada cliente", disse.
Leonardo Quinderé é sócio de Lucas Donadel. Eles montaram, há cerca de dois anos e meio, o Donadel Food Truck, projeto idealizado por Lucas. Quinderé comenta que, neste tempo, conseguiram atingir objetivos que nem imaginavam quando começaram o projeto.
"Foi um investimento de aproximadamente R$ 200 mil. Ainda estamos pagando ele. Mas a gente vem trabalhando e temos tido um sucesso bacana, uma resposta massa do público, em termos de atendimento, trabalho, da comida em si. E hoje, tudo que construímos nasceu daqui. Começamos quatro pessoas. A empresa foi crescendo e hoje são mais de 25 funcionários. E começamos apenas com o caminhão", disse o empresário.
Transformação
De um food truck, a empresa conseguiu se transformar em uma marca com endereço físico fixo e atende, também, através de aplicativo, pedidos delivery. Para Quinderé, tais conquistas são a prova de um mercado vantajoso e ainda promissor.
"Tudo começou com esse caminhão. Hoje, temos uma loja física na Avenida Rui Barbosa e uma operação delivery. Temos ainda outra marca, a Corleone Pizzaria. É um sonho o que a gente vive hoje. Devemos tudo ao nosso food truck", relatou Quinderé.
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