Mercado aquecido atrai investidores

Escrito por Redação ,
Legenda: Com o setor "a todo o vapor", empreendedores se animam em apostar na adaptação de veículos para venda de alimentos e produtos
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Morando há 26 anos no Brasil, o libanês Tony Moussa enxergou uma possibilidade de ganhar dinheiro com algo que gosta de fazer. Além disso, o trabalho, hoje, o mantém mais próximo da cultura do País que deixou há mais de duas décadas. Moussa percebeu a ausência em Fortaleza de quem trabalhasse com culinária típica árabe e decidiu montar um food truck.

"Sempre gostei de fazer comida em casa. Um dia, vim conhecer o espaço do Imprensa Food Square. Tinha uma mesa lotada. Gostei da ideia, fui martelando, até surgir de abrir. Não tem comida árabe na cidade, legítima, aí, começamos", disse.

Cenário estabelecido

A história de Moussa seria igual a de tantos outros empreendedores, não fosse o fato de que ele decidiu começar o negócio há cerca de um mês. Conforme relatou, o cenário para investir neste ramo não é algo passageiro, mas estabelecido.

"A aceitação na cidade é espetacular. Seja pela falta de restaurante árabe, mas também pela qualidade que oferecemos. Todos os clientes que experimentaram voltaram duas ou três vezes. O mercado está a todo vapor. Fortaleza é uma cidade única com essa ideia, por ter espaço, oferecer tudo, segurança, conforto, estacionamento, atendimento. Em poucas cidades se encontra algo a esse nível, em todos os aspectos", elogiou.

O libanês disse ter investido cerca de R$ 43 mil e aguardou aproximadamente 50 dias para o trailer ficar pronto. "A nossa previsão de retorno do investimento, pelo movimento atual, é em três ou quatro meses", disse.

O publicitário e profissional de Marketing Eric Aguiar também resolveu sair da zona de conforto e apostar no mercado de food trucks há menos de 30 dias. Fã de super heróis e cultura pop/geek, ele resolveu levar o hobby e o apreço por quadrinhos, filmes e games para dentro do trabalho e criou o Hero's Truck Hamburgueria.

"Eu já trabalhava com comida. Mas via (os food trucks) na rua, queria o meu para trabalhar. Vendi algumas coisas e investi. Os sanduíches são tematizados, com pães diferentes, alguns coloridos. Estou com o truck há menos de um mês, ainda tenho mais despesa que lucro, como toda empresa. Mas o negócio está se pagando, não estou tendo prejuízo", afirmou.

Aguiar comprou uma Kombi e resolveu customizá-la. Investiu entre R$ 40 mil e R$ 50 mil, reformou o veículo, transformou o interior em um restaurante ambulante e agora segue pela cidade salvando o dia de quem tem fome (e pressa).

"Espero em seis a nove meses tirar o retorno do investimento que fiz. A vantagem do food truck é que você leva ele para onde quiser. Eu poderia simplesmente ter aberto uma loja, mas teria de ficar preso a um lugar. Precisaria ter feito pesquisa de mercado para saber onde instalar. Eu fiz pesquisa de mercado para o food truck e vi que é mais vantagem", garantiu o empreendedor. 

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