Comércio sente os efeitos do maior número de visitantes

Escrito por Redação ,
Legenda: A venda de passeios turísticos em pontos como a Beira-Mar, em Fortaleza, atrai tanto turistas estrangeiros quanto nacionais
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

O aumento gradual de turistas estrangeiros no Ceará já é percebido pelo comércio dos pontos turísticos da Capital. Na Avenida Monsenhor Tabosa, tradicional corredor de compras de Fortaleza, o movimento dos visitantes é perceptível, principalmente de franceses, holandeses, norte-americanos e argentinos.

"Na verdade, este mês a gente sentiu a presença de turistas estrangeiros no corredor de compras. Identifiquei pessoas da França, Holanda, Estados Unidos e Argentina. Nós estamos no começo de um processo de atração de mais visitantes internacionais e este semestre é muito importante", afirmou a presidente da Associação Dos Lojistas Da Av. Monsenhor Tabosa (Almont), Márcia Oliveira.

De acordo com ela, os novos voos para o exterior contribuíram para este pequeno aumento de estrangeiros na Monsenhor Tabosa. "Eu acho que os voos diretos de Fortaleza para vários lugares são um dos fatores para esse movimento ter aumentado", completou.

Oliveira explicou ainda que o tíquete médio desse tipo de visitante é um pouco maior em comparação ao gasto do turista nacional. "Na minha loja de moda praia, a Allday, o tíquete médio do brasileiro é de R$ 120, já o dos estrangeiros é de em torno de R$ 200. O brasileiro busca por descontos, já o estrangeiro quando ele gosta, compra logo. Eles inclusive adoram a cidade e gostam muito da moda praia e das lojas de biquíni".

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Feirinha e passeios

Apesar do aumento progressivo no número de turistas estrangeiros, os feirantes da Beira-Mar ainda não perceberam essa mudança. Branco Janeuci, que trabalha na feirinha, disse que no período da Copa do Mundo da Rússia a quantidade de visitantes de outros países era maior do que nesta alta estação de julho. "Mês passado o movimento foi melhor e julho do ano passado também foi melhor do que em 2018. Ainda tem poucos turistas estrangeiros. Muitos são de São Paulo, Rio e Manaus".

De acordo com ele, as vendas caíram cerca de 90% em relação ao mês passado. "Durante a Copa da Rússia a gente vendia aqui R$ 500 por noite e hoje não estamos vendendo nem R$ 100. Acredito que essa falta de turistas ainda é por causa da crise econômica. Nós tivemos que baixar os preços das mercadorias para tentar atrair mais os turistas, mas ainda está difícil".

A feirante Leonarda Cavalcante afirmou que neste mês de julho há dias com mais movimento e outros mais fracos para as vendas. "As pessoas vêm para o Ceará para gastar com passeios e não na feirinha. A partir de agosto melhora e vai até o carnaval. Em agosto inclusive chegam mais estrangeiros. Acho que a crise ainda atrapalha as vendas, mas eu acho que deve melhorar nos próximos meses".

A vendedora de passeios turísticos, Patrícia Oliveira, contou que pacotes não são muito procurados por turistas estrangeiros e que os brasileiros ainda são a maioria. "Neste mês, o fluxo de turistas é muito bom. Eles são normalmente de Belém e Manaus e optam por Jeri, Morro Branco, Praia das Fontes e Canoa Quebrada. Não tem muito estrangeiro e quando tem, eles são da Argentina. Eu trabalho há mais de um ano aqui e sempre tem muita gente para os passeios. Inclusive, aumenta todo ano o número de empresas que fazem esses passeios. Então é porque as vendas são boas. Não tem muita procura de turistas estrangeiros por esses passeios, acho que deveria haver mais divulgação", completou. 

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