Empresários do Lide Ceará conhecem governança do GEQ

Grupo Edson Queiroz apresenta à elite do empresariado cearense como era e como é o seu modelo de gestão

Legenda: Carlos Rotella, CEO do Grupo Edson Queiroz, fala para o Lide Ceará sob a vista de Igor Queiroz Barroso, Edson Queiroz Neto e Otávio Queiroz
Foto: L. C. Moreira

Foi um evento inédito: uma das maiores corporações empresariais do país – o Grupo Edson Queiroz – abriu em detalhes, nesta sexta-feira, 26, o seu modelo de governança corporativa. O ineditismo levou o acionista controlador do grupo Pague Menos, Deusmar Queirós, a expressar a sua surpresa nos seguintes termos: “Somos privilegiados. Eu, particularmente, estou feliz e grato por esta oportunidade. Estamos testemunhando um modelo de gestão academicamente correto”.

Ele se referia ao modo intimista, um bate-papo entre dois primos e acionistas do Grupo Edson Queiroz – Igor Queiroz Barroso e Edson Queiroz Neto – durante o qual ambos explicaram, na abertura do encontro dos empresários do Lide Ceará com os acionistas e executivos da companhia anfitriã, o que mudara na gestão da companhia fundada há 70 anos por Edson Queiroz.

Mobilizada pela presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, a elite do empresariado cearense conheceu um pouco da história da família e do Grupo Edson Queiroz. Mais que isto: teve acesso às diretrizes gerais do modelo de governança da companhia, explicado pelo CEO da corporação, Carlos Rotella.

Entre os que estiveram presentes ao evento, podem ser destacados os empresários Beto Studart, Deusmar Queirós, Carlos Prado, Roberto Macedo, João Fiúza, Régis Medeiros, Marcos Medeiros, Antônio Lúcio Carneiro e Alexandre Sales.

Saudando os mais de 50 empresários convidados para o evento, Emília Buarque e seus associados consideraram uma chance de ouro a audição, em primeira mão, sobre “o que ainda está por vir neste momento de profunda transformação do GEQ!”. 

Edson Neto e Igor Queiroz Barroso relembraram a história do Grupo Edson Queiroz, desde o casamento de Edson Queiroz com Yolanda Vidal Queiroz, traçando uma linha do tempo, que pode ser resumida assim:

Década de 50, quando foi fundada por Edson Queiroz a Ceará Gás Butano.

Década de 60, quando o empresário idealizou e pôs no ar o primeiro veículo de comunicação do grupo, a Rádio Verdes Mares. Nessa mesma época, o grupo abriu a Cascaju, incentivando a cajucultura da região, e em seguida a Esmaltec, moderna fábrica de refrigeradores, de fogões e de reguladores de água. 

Nos anos 70, foi criada a Fundação Edson Queiroz, mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), principal unidade privada de ensino superior do Nordeste brasileiro. Nesse mesmo ano, nasceu a Unifor – Universidade de Fortaleza – e foi adquirida a Indaiá, primeira empresa de água mineral do país.

Em 1981 foi fundado o jornal Diário do Nordeste. Em junho do ano seguinte, morreu Edson Queiroz, mudando a liderança do grupo, que se transferiu para D. Yolanda Queiroz. 

No mesmo ano, em negociação liderada por Edson Queiroz Filho, foi adquirida a Minalba, então marca líder do mercado nacional de águas minerais. No mesmo ano, Airton Queiroz assumiu a Diretoria Executiva do Grupo.

Na década de 90, o Grupo Edson Queiroz expande-se para o Sul e Sudeste do país por meio da Nacional Gás. A família investiu na formação de sua segunda geração visando à governança do grupo. E foi constituído o Conselho Informativo.

Nas décadas seguintes, o Grupo Edson Queiroz ganhou mais músculos, transformando-se no que é hoje, um conglomerado de empresas que atuam em diferentes áreas da atividade econômica, tendo, em 2023, alcançado um faturamento superior a R$ 12 bilhões, com Ebitda de R$ 1,2 bilhão.

O CEO do grupo, Carlos Rotella, prendeu a atenção do auditório ao falar sobre os novos tempos do Grupo Edson Queiroz. Ele lembrou que, em plena pandemia, foi feito o Acordo de Acionistas “on-line”, algo inacreditável. Isto foi possível porque a família estava, como está hoje, unida em torno dos objetivos estratégicos do grupo, que tem cerca de 10 mil colaboradores espalhados por quase todo o país. 

Rotella transmitiu, em minúcias, tudo o que, do ponto de vista estratégico, executa o Grupo Edson Queiroz sob seu comando. Ele disse que todas as empresas do conglomerado operam no modo positivo de rentabilidade e revelou que todos os seus executivos estão integrados aos objetivos de tornar a companhia líder em seus segmentos de atuação.

Rotella ganhou aplausos ao dizer que o Grupo Edson Queiroz não é uma empresa de capital aberto, mas “tudo o que fazemos é o que fazem as empresas de capital aberto, pois obedecemos as melhores práticas do mercado”. 

Após a fala de Carlos Rotella, o empresário Beto Studart, acionista majoritário do Grupo BSpar, pediu a palavra para dizer que a terceira geração do Grupo Edson Queiroz tem uma inteligência genética, que cumpre com perfeição o papel social da empresa. Ele salientou que a Universidade de Fortaleza (Unifor) é o principal legado do fundador do grupo, Edson Queiroz.

Por sua vez, Carlos Prado, primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), declarou-se agradavelmente surpreso com toda a apresentação dos conselheiros e do CEO do Grupo Edson Queiroz, que tiveram “a coragem de abrir alguns segredos da governança da corporação”.

Prado destacou a união da família em torno do legado do fundador do grupo: “algo que não é fácil nos dias de hoje”. Essa união – disse Prado – permitiu “a profissionalização do grupo e a obtenção dos seus extraordinários resultados financeiros de 2023, com faturamento acima de R$ 12 bilhões e Ebitda superior a R$ 1,2 bilhão”. 

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