Camilo reforça saúde fiscal do Estado em meio à crise

Escrito por Redação ,
Legenda: De acordo com o governador Camilo Santana, a manutenção do equilíbrio fiscal do Estado foi obtida "com muita austeridade" na administração pública
Foto: Foto: JL Rosa

Em meio às discussões sobre renegociações de dívidas públicas com a União e melhores condições para tomadas de financiamentos para as unidades da federação, o investimento público feito pelo Ceará e a saúde fiscal do Estado foram destacados pelo governador Camilo Santana durante o evento com o presidente Michel Temer, na tarde dessa sexta-feira (9), em Fortaleza.

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"O Ceará, mesmo sendo um Estado pobre, é bastante trabalhador. Somos resilientes a todas as dificuldades que atravessamos e temos nos esforçado muito. O Ceará, segundo o dito pelo próprio ministro de vossa excelência, Henrique Meirelles (da Fazenda) é um dos estados mais bem equilibrados financeiramente do nosso País", declarou o governador, falando diretamente para o presidente da República, que encontrava-se entre a plateia composta por políticos no palco do auditório da sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). De acordo com o chefe do Executivo estadual, foi "com muita austeridade que nós mantivemos o equilíbrio".

Conquistas

A partir desta administração, Camilo ressaltou ainda a posição do Ceará entre os três estados brasileiros de maior investimento público nominal no ano passado, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, cujas situações financeiras são reconhecidamente comprometidas.

"Se for comparar com a receita corrente líquida foi o que mais fez investimento público no Brasil", acrescentou Camilo, lembrando ainda do título de mais transparente unidade da federação em contas públicas dada pelo próprio governo federal.

Questões

No entanto, mesmo com toda a média feita pelo governador cearense, assuntos latentes nacionalmente não foram mencionados sob o olhar de empresários e políticos publicamente no evento do BNB. O Pacto Fiscal proposto pelo governo federal, por exemplo, que impõe severas condições aos estados - como teto de gastos e aumento da contribuição previdenciária - para que estes possam obter recursos liberados pela União, não foi sequer mencionado pelo chefe do Executivo cearense em sua fala.

Michel Temer também não dedicou-se a falar sobre o assunto, publicamente criticado pelos governadores do Nordeste e, no pouco tempo que se dispôs a responder perguntas, selecionou temas menos tensos a serem tratados diante da plateia nordestina que o observava. (AOL)

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