Brasil fechou 86.543 vagas celetistas

Escrito por Redação ,

Rio. O Brasil fechou 86.543 vagas formais de emprego em agosto, a quinta queda mensal consecutiva, informou ontem o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este é o pior resultado para o mês desde 1995, quando foram fechadas 116.856 vagas. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.392.343 admissões e 1.478 886 demissões. O resultado é muito inferior ao de igual mês de 2014, quando foram criadas 101.425 vagas. Nos primeiros oito meses do ano, o total de postos fechados é de 572.792. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou que não é possível firmar um prazo para a recuperação do emprego formal, que já acumula retração de 572.792 vagas neste ano. "O tempo que durará isso (demissões), não dá para fazer avaliação", disse.

Ele admitiu que o Brasil pode assistir ao fechamento de mais de um milhão de postos formais de trabalho este ano. No acumulado em 12 meses até agosto, o País já extinguiu 985.669 vagas com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados hoje, no Rio.

"Podemos perder isso, mas não quer dizer que estamos incapacitados de recuperar. O governo conhece o caminho da roça. Se teve capacidade de gerar 23 milhões de vagas nos últimos 12 anos, quando forem corrigidos os rumos da economia, acredito que vamos recuperar essa capacidade", afirmou Dias.

Torcida

Autodeclarado otimista por natureza, Dias garantiu que torce a favor do Brasil. "Temos procurado fazer políticas ativas para contribuir na redução das expectativas de retração do mercado de trabalho", afirmou o ministro. Segundo ele, a própria contratação de empreendimentos pelo governo, como o Minha Casa, Minha Vida, terá capacidade de gerar empregos.

Ele afirmou que o Brasil teria mais dificuldades em recuperar os empregos perdidos até agora se a conjuntura fosse idêntica há 12 anos, com volume consideravelmente menor de reservas internacionais e com menos brasileiros empregados. "Há 12 anos, o Brasil vivia submetido a políticas impostas, por exemplo, pelo FMI. Hoje, nossa capacidade de recuperação é muito maior, com expectativas reais de que (haverá retomada) através das medidas que o governo vem tomando", afirmou o ministro.

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