Barracas de praia: expansão no emprego e no faturamento

Mais que animar o dia a dia dos torcedores, a Copa do Mundo da Rússia promete ainda incrementar o fluxo de pessoas e, consequentemente, o faturamento das barracas de praia, em Fortaleza.

Considerando que a Copa vai ocorrer entre 14 de junho até a primeira quinzena de julho, atravessando portanto o mês de alta estação, a barraca Chico do Caranguejo, na Praia do Futuro, estima ampliar a média de movimentação e de faturamento em até cerca de 40%. Ou seja, 10% a mais do que o normalmente esperado para o período.

Entre as estratégias para atrair os clientes está a instalação de telões de LED ao invés das tradicionais televisões, bem como a realização de promoções e mudanças no cardápio. "Já estamos trabalhando para contar com uma estrutura diferenciada na transmissão dos jogos, com um bom sistema de som, além de atrações musicais e um cardápio com alguns petiscos rápidos porque quer tirar a atenção do jogo para fazer uma refeição", afirma Liano Lourenço, proprietário da Chico do Caranguejo.

LEIA AINDA:

Carro-chefe da barraca, o caranguejo também deve chegar à mesa do consumidor de forma diferenciada. "Estamos estudando repetir uma promoção para o caranguejo com um rodízio, que nem fizemos em outra Copa. O cliente paga um valor e come caranguejo à vontade. E a cada gol do Brasil, também servíamos uma rodada de drinques". Segundo Lourenço, a sua clientela em períodos como a Copa costuma ser formada por 50% de fortalezenses e 50% de turistas nacionais, vindos principalmente de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e mesmo de cidades do Interior cearense.

A partir do Dia das Mães, no próximo 13 de maio, a barraca Terra do Sol também começa a se preparar para a Copa do Mundo. A começar pela decoração do estabelecimento, pensada para atrair turistas e moradores de Fortaleza. Segundo o proprietário da barraca, Ivan Assunção, o mês de jogos representa a possibilidade de aumento de 30% a 40% no faturamento, se comparado a igual período de 2017. "Nas duas últimas Copas, tivemos uma movimentação muito boa e a ideia deste ano é fazer com que as pessoas venham até aqui assistir aos jogos". Além da decoração e possível alteração no cardápio, a barraca vai investir em telões e em uma nova programação musical.

Contratações

Embora ainda não tenha deliberado com donos de barraca sobre o assunto, a presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), Fátima Queiroz, aposta na Copa como um momento "promissor" para a economia local. Inclusive, estima 30% a mais de fluxo e de faturamento nas barracas em relação a períodos normais. "Com certeza, as barracas vão se preparar na compra de mercadorias com antecedência, na qualificação da mão de obra e no aumento de contratações para suprir a demanda. O que, sem dúvida, vai trazer maior circulação de dinheiro para o Estado". Para atender a demanda na Copa, confirma Liano Lourenço, a Chico do Caranguejo estudar abrir pelo menos 50 vagas temporárias.

Do total de trabalhadores contratados temporariamente, soma Fátima Queiroz, 10% acaba sendo efetivado. "Em momentos como este, há sempre um incremento em torno de 20% a 30% no quadro de funcionários. Mas ainda temos dificuldade em contratar porque o trabalho na barraca de praia exige mais preparo físico para atender na areia quente, por exemplo. E não é todo mundo que quer trabalhar aos fins de semana".