Com Copa do Mundo, setores do CE entram em campo para golear

Escrito por Bruno Cabral - Repórter ,

Faltando pouco menos de três meses para a Copa do Mundo da Rússia, setores da indústria, do comércio, de bares e restaurantes e de supermercados começam a se preparar para o evento e esperam crescimento de mais de 20% nas vendas. Algumas barracas de praia, por exemplo, projetam um crescimento em torno de 40%, mesmo se comparado com a última edição do torneio, realizada em 2014 no Brasil, com jogos em Fortaleza.

Com forte dependência das chamadas datas comemorativas, o setor do varejo tem nos anos de Copa do Mundo uma oportunidade a mais para aquecer as vendas que, por sua vez, estimula a produção de pequenas, médias e grandes indústrias. Além do aumento das vendas do comércio em geral, o evento deve estimular contratações tanto no setor de serviços como na indústria, gerando faturamento extra para as empresas e renda adicional para os funcionários.

Já as vendas nos supermercados podem registrar alta de até 30% no período dos jogos, que vai do dia 14 de junho até 15 de julho. E a venda de televisores, alvo das principais promoções das lojas de eletrodomésticos, deve aumentar entre 20% e 30%.

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Confecção

Para a indústria de moda e confecção, a Copa do Mundo é uma oportunidade para incrementar a produção com linhas de produtos voltadas exclusivamente para o evento. Itens como camisetas, bonés e bandeiras são os mais procurados pelo consumidor, mas o setor aproveita esse período para lançar os mais variados adereços em que possam estampar as cores do País. A expectativa é de que a produção seja iniciada em abril antes do jogo inaugural.

Segundo Elano Guilherme, presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção do Estado do Ceará (Sindconfecções), a previsão é de que a Copa provoque um incremento em torno de 30% na produção. "Agora é o momento de desenvolvimento das peças, em especial bonés e camisas, masculina e feminina", ele diz. "Mas um movimento maior da indústria com relação à Copa do Mundo vai depender das encomendas, que normalmente começam com 60 dias de antecedência. E a partir daí é que as vitrines começam a expor esses produtos".

A expectativa é de que as vendas de camisas e shorts comecem a partir de abril, ganhem força em maio e atinjam o auge em junho, diz Lélio Matias, presidente do Sindicato da Indústria de Alfaiataria e de Confecção de Roupas de Homem de Fortaleza (Sindroupas). "Em época de Copa do Mundo, a venda de camiseta sempre apresenta um crescimento da ordem de 25%, e a nossa expectativa é manter esse crescimento neste ano", diz, ressaltando que o mercado informal também ganha muita força com na Copa.

Além do faturamento adicional para as empresas, o torneio acaba gerando empregos nas pequenas facções na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). "Isso faz com que aumente a geração de emprego e renda em bairros como Jardim América e Montese", diz Cid Alves, presidente do Sindilojas.

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