Os podcasts mudaram a vida do cearense Luan Alencar, apresentador e editor do 'Budejo', programa semanal de cultura e variedade. Entrevistado da semana do "Que Nem Tu", do Diário do Nordeste, ele refletiu sobre a importância dos programas em sua vida.
Além de criar o Budejo, Luan começou a trabalhar com a edição de podcasts em uma produtora em 2019, trabalhando com produtos famosos, como 'A Mulher da Casa Abandonada', 'Cabo Eleitoral' e 'Além do Meme'.
Luan ainda trabalhava como advogado quando começou o podcast, mas largou a profissão ao se apaixonar pela produção dos programas. “Me demiti, foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Pedi demissão de um trabalho horrível e foquei nos podcasts”, contou. A atuação no Budejo o permitiu ter contato com diversas experiências culturais, como a luta dos Mestres da Cultura para o Ceará.
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Durante a entrevista, Luan revelou detalhes sobre a edição de programas de Ivan Mizanzuk e Chico Felitti, autores de podcasts com grande número de visualizações. Na primeira vez que trabalhou com o 'O Caso Evandro', de Mizanzuk, ele cometeu o deslize de
“Ele falou: 'Cara, muda tudo. Eu gosto dos meus podcasts como pausas longas, com minha respiração. Porque eu gosto que a pessoa que escute ache que está conversando comigo de verdade. Então eu curto que seja pausado'”, contou Luan.
Com a grande experiência na área, o apresentador opina que o meio de podcasts impõe certas dificuldades para produtores fora do eixo do sudeste. "Eu não acho que seja uma mídia tão democrática quanto falam que é. Ela é democrática só se você tiver na hora certa. Para a gente que faz fora do grande eixo, é bem mais complicado, arrumar uma audiência, conquistar uma audiência e chegar nos lugares que geralmente se tem que chegar para seu podcast se ouvido", disse.