A saudade de abraçar as pessoas que ama e a vontade de recuperar o mundo de um momento difícil foram as motivações que levaram a cantora fortalezense Bruna Ene a escrever uma música autoral de conscientização e esperança. A canção “Somos um só” traz palavras de força e imagens de um planeta inteiro lutando contra um mesmo inimigo: o Covid-19 e seus efeitos.
“A música foi criada no meu quinto dia de distanciamento social. Assistindo à televisão, vi notícias sobre os impactos dessa pandemia no mundo e caiu a ficha do quanto nossa vida está mudando, de quantas pessoas estão sofrendo com tudo isso e eu chorei bastante. Como uma forma de me autoconsolar, eu peguei o ukulele e comecei a escrever a letra”, revela a cantora
Com a ajuda do produtor musical Matheus Brasil e do editor de vídeos Israel Ribeiro, em poucos dias estava feito o produto, que reuniu vídeos de diversas pessoas ao redor do mundo para que, em diferentes idiomas, todas espalharem a mesma mensagem. Feita de maneira improvisada, a canção alcançou grande público e repercutiu positivamente para Bruna, que foi convidada pela Cruz Vermelha Brasileira para participar da campanha de prevenção da instituição. A proposta é que “Somos um só” se torne música-tema da campanha “Estamos prontos”, ao lado de imagens de voluntários que estão prontos para agir na prevenção e combate ao vírus.
“A música apareceu em um grupo em que faço parte e logo eu vi que se encaixava perfeitamente com o que a Cruz Vermelha brasileira pensa e age. Então, eu entrei em contato com a autora e cantora da música, e ela topou. Na música, ela fala que quer abraçar a pessoa que ama mas que precisa fazer tudo certo. E para fazer tudo certo, vamos trabalhar na educação das pessoas, na prevenção e distribuição de kits”, explica Júlio Cals, presidente nacional da Cruz Vermelha
Mesmo que tenha surgido de uma situação complicada, Bruna se mantém esperançosa e deseja confortar e inspirar força para todos que estão lutando contra o mesmo mal. “De fato, é extremamente difícil para o mundo inteiro, com a perda de tantas vidas, com o abalo da economia. Mas espero que isso, no final, tenha uma grande lição a ser aprendida: esse senso de humanidade. O nosso inimigo é o mesmo aqui e, literalmente, na China, e entendendo que somos um, vamos ter muito mais força para superar essas dificuldades”, completa.