Dias antes de encerrar, o ano de 2021 leva mais um importante nome da cultura mundial. Nesta quinta-feira (23), morreu em Manhattan, Nova Iorque, por complicações da doença de Parkinson, a escritora e jornalista Joan Didion, aos 87 anos. A confirmação foi dada ao jornal The New York Times por Paul Bogaards, executivo da Knopf, editora da ensaísta.
Natural de Sacramento, na Califórnia, a autora de romances, livros de não-ficção, roteiros e peças, também colaborou com o The New York Review of Books e com a revista The New Yorker.
O estilo da escritora foi associado muitas vezes ao chamado “Novo Jornalismo”, no qual a subjetividade do autor dialoga com os fatos sob uma perspectiva literária de não-ficção.
Obra em destaque
Entre os livros mais conhecidos da jornalista, com tradução no Brasil, estão “O ano do pensamento mágico” (2005) e “Noites azuis” (2011). O primeiro narra o ano seguinte à morte de seu marido, o escritor John Gregory Dunne, quando sua filha passava por um grave estado de saúde. Já o segundo, traduz os sentimentos da escritora após a morte da descendente, aos 39 anos.
Com “O ano do pensamento mágico”, Didion ganhou o prêmio da categoria de não-ficção no National Book Award. Em 2013, a jornalista foi contemplada com o reconhecimento National Medal of Arts, ao lado de outros 24 escritores, acadêmicos, performers e artistas.
Um documentário sobre a vida da norte-americana está disponível na plataforma de streaming Netflix desde 20 de outubro de 2017. “Joan Didion: The Center Will Not Hold” retrata um pouco da trajetória dela sob o olhar do diretor Griffin Dunne, sobrinho da escritora.