O encontro de Maria da Paz (Juliana Paes) e Joana (Bruna Hamú) está programado para ir ao ar nesta quinta-feira (12) em "A Dona do Pedaço", e marca à chegada ao capítulo 100 da trama. A Globo não confirma, mas há uma grande especulação na internet que aponta que Joana é a verdadeira filha da protagonista.
A atriz fala sobre os próximo passos da personagem e o sucesso da novela
- A novela chega ao capítulo 100 com muita repercussão nas ruas. O que tem recebido de retorno do público?
Eu já tinha vivido personagens de extrema repercussão, apelo popular , mas acho que nada nunca vai chegar nos pés da Maria da Paz. Pessoas te todas as idades me param para falar. Pessoalmente, pela internet e através de cartas. Recebi uma ontem de uma pessoa que começou a vender brownie, abriu uma browneria, começou com um troquinho que recebeu de uma demissão e investiu em algo que gostava de fazer. Hoje em dia vende pra caramba. Tenho recebido muitas histórias e depoimentos assim. É muito emocionante poder representar, personificar tantas histórias verdadeiras. Quando as pessoas falam, “Ela faz exatamente como é”, “Nossa, você está fazendo bem”. Isso pra mim é muito gratificante. É a única coisa que amortiza o cansaço que a gente está vivendo.
- Para você, o que justifica o sucesso da novela?
Primeiro, ao trabalho em equipe, que é muito bonito. Todos começaram a trabalhar nessa novela com o espírito muito positivo e vontade de fazer dar certo. Além disso, tem a verve dessa personagem, que é um acerto do autor. Quando você coloca pra ser a dona do pedaço uma mulher batalhadora, guerreira, vencedora pelos próprios esforços e que agora nesse momento da trama não tem vergonha de recomeçar de partir do zero, de retomar sua vida, muitas pessoas poderiam ficar orgulhosas, né? E, depois de tudo, carregar um carrinho na rua. Quando você dá esse título de a nova do pedaço pra uma mulher com essas características, você está chamando de dona do pedaço muitas mulheres desse Brasil. Acho que esse é o grande mérito dessa novela, tocar na alma de tanta gente, não só de mulheres, mas homens também que tem esse espírito aguerrido, trabalhador, sem medo, positivo, uma maneira positiva de encarar a vida, não derrotista.
- No capítulo 100, o público vai poder ver o encontro de Maria da Paz e Joana. O que você pode adiantar da cena e de que forma Joana vai chegar na vida de Maria?
Joana chega em um momento de muita fragilidade da Maria da Paz. Ela é assaltada enquanto vende os bolos. Perde o que ganhou no dia e ainda tem seu carrinho inteiro virado no chão. Além do ganha pão, o carrinho é o símbolo do esforço, um trabalho, uma retomada, de um momento difícil na vida dela. Quando vê aquele carrinho derrubado no chão é um pouco o espelho como está a vida dela no momento, tombada. Quando a gente fez a cena e eu vi aquele carrinho derrubado no chão, eu não consegui parar de chorar, não estava no roteiro. Falei: “não quero fazer essa cena chorando”, mas eu não conseguia parar de chorar fora de cena. Ver aquele carrinho no chão foi muito sofrido pra mim. Queria muito fazer desse encontro um momento luminoso. Acho que vai ser um momento de muita ternura, porque é tão bonito quando você vê um gesto fraterno. Não tem nada que emocione mais do que ver uma pessoa fragilizada realmente, sendo ajudada por outra, realmente tendo alguém falando: “vem cá que vou te ajudar”, sem querer nada em troca. Ninguém ajuda Maria da Paz, mesmo ela pedindo. E a Joana chega e fala: “Eu vou te ajudar e levo o carrinho com você até em casa”. É um momento de emoção pelo gesto em si, puro, simples. E Bruna é uma menina linda, além de ter a beleza física que é óbvia, é muito linda no jeito. Tem toda a doçura que ela empresta pra personagem.
As cenas estão previstas para irem ao ar a partir de quinta-feira, dia 12.