Estação das Artes tem mais de 30% de obras executadas; veja como ficará parte do Centro de Fortaleza

Originalmente, equipamento foi construído em estilo neoclássico, com inspiração em prédios parisienses

Um trecho histórico do Centro de Fortaleza ganha novas formas diariamente. A Estação das Artes — localizada na praça Castro Carreira, popularmente chamada de Praça da Estação — recebe intervenções de modernização desde o ano passado. As obras já alcançaram 32% do plano original. Nesta sexta-feira (13), o governador Camilo Santana divulgou imagens do desenho final do equipamento cultural.

"O equipamento terá quase 67.000 m², sendo construído na área da antiga Estação Ferroviária João Felipe, patrimônio histórico que está sendo modernizado e restaurado, contará com novos prédios e requalificação de todo o entorno, através da interligação com equipamentos como o Passeio Público e a Emcetur", destacou Camilo Santana em redes sociais.
Veja imagens do projeto: 


O complexo cultural, construído em parceria com o município de Fortaleza, irá contar com o Mercado das Artes, a Pinacoteca do Estado, um mercado gastronômico, salas de exposição, biblioteca, museu e sedes da Secretaria da Cultura do Estado (Secult) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O empreendimento vai garantir uma importante reocupação do Centro da Cidade, estimular a economia e tornar a arte mais próxima e acessível para a população.

Preservação

Originalmente, a estação foi construída em estilo neoclássico, com inspiração em prédios parisienses. Porém, no decorrer dos anos, o local passou por diversas reformas. Orçada em R$63,7 milhões, a obra tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2021, as intervenções estão sob supervisão da Superintendência de Obras Públicas (SOP). 

Quando finalizada, a Estação das Artes reforçará a valorização de diferentes espaços formadores da identidade cultural de Fortaleza, desde a Praia de Iracema até a Praça José de Alencar, trazendo influências sobre equipamentos relevantes, como o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e o Passeio Público, entre outros.

“Essa obra é uma iniciativa do Governo do Estado que, além de valorizar os prédios históricos da Capital, vai contribuir muito para a revitalização e ocupação do Centro. Tanto o Iphan quanto a Secult estão participando ativamente desse processo. Já temos, inclusive, alguns blocos liberados para reforma e demolição, sem falar no trabalho importante de restauração que está sendo feito”, ressalta a diretora de Projetos de Edificações da SOP, Aline Sales.

História

Erguida onde antes havia um cemitério, aproveitando a estrutura da Estrada de Ferro de Baturité (1873), a Estação João Felipe foi inaugurada em 9 de junho de 1880, durante o governo de Dom Pedro II.

O local já teve o nome de Estação Central, contando com estação de passageiros, oficinas, armazém, galpão de material rodante e casa de locomoção. Em 1941, decreto do presidente Getúlio Vargas mudou o nome para Estação Fortaleza. A denominação Estação João Felipe, pela qual o equipamento é conhecido atualmente, ocorreu por outro decreto federal, em 1946.

O tombamento da estação pelo Programa de Preservação do Patrimônio data de 24 de abril de 1980. O tombamento estadual é de 30 de outubro de 1983, pela lei 16.237.