O Brasil soma atualmente 14 Patrimônios Históricos e Culturais da Humanidade, tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Além das belezas naturais, o país carrega inúmeros registros arqueológicos, ruínas e construções de grande valor para a história e a cultura do seu povo. Agora, a região do
Cultural da Humaninade. Confira:
1- Centro Histórico de Ouro Preto, Minas Gerais
Ouro Preto, erguida no século 17, foi tombada em 1980. Seu bom estado de preservação conta histórias do período da ascenção da exploração do ouro no estado. E as escEsculturas barrocas de Aleijadinho, o maior artista do Brasil colonial, combinadas com as pinturas de Manuel da Costa Athaide, dão à cidade uma importância artística que só poderia resultar em seu tombamento pela Unesco.
2- Centro Histórico de Olinda, Pernambuco
Erguida pelos portugueses em 1535, Olinda foi um importante entreposto na época da exploração da cana-de-açúcar - época que durou quase dois séculos. Suas ruelas pontilhadas por casinhas com fachadas coloridas levem para o ponto mais alto da cidade - a Catedral Alto da Sé, de onde é possível partir para uma incursão pelos jardins dos conventos, pelas capelinhas e pelas igrejas espalhadas por toda a cidade.
3- Ruínas de São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul
Erguidas pelos padres jesuítas em território pertencentes aos índios Guaranis entre os séculos 17 e 18, as construções serviam como pólos catequizadores antes da chegada dos portugueses. Tombadas pela Unesco em 1983, as ruínas das missões jesuísticas constituem-se em um conjunto arquitetônico espalhado entre o sul do Brasil e a Argentina.
4-Centro Histórico de Salvador, Bahia
Os prédios coloridos do centro histórico da primeira capital do Brasil foram tombados como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1985, por serem célebres representantes da arquitetura renascentista. Outro critério para o tombamento, segundo a Unesco, foi a importância histórica da cidade como um ponto de conversão entre as culturas dos europeus, dos africanos e dos indígenas brasileiros.
5-Santuário de Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais
Construído na segunda metade do século 18, tem um interior inspirado no rococó italiano, sete capelas que ilustram a Via Crucis e uma escadaria exterior decorada com estátuas dos profetas católicos. Feitas em pedra-sabão, as estátuas são legítimas representantes da arte de Aleijadinho – um barroco muito mais latinoamericano, e por isso mesmo, mais original. Busque hospedagens em Congonhas.
6- Brasília, Distrito Federal
Tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1987, a cidade é, segundo a Unesco, um divisor de águas na história do planejamento urbano. Esse "exemplo definitivo de ubarnismo modernista do século 20" foi fundado em 21 de abril de 1960, tem o plano piloto idealizado por Lucio Costa e os edifícios arquitetados por Oscar Niemeyer.
7-Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí
Um dos sítios arqueológicos mais antigos da América do Sul, o Parque é repleto de cavernas rochosas cobertas de pinturas rupestres (são mais de 300 pontos de interesse, espalhados numa área de 214 quilômetros de circunferência). Algumas pinturas foram feitas há mais de 25 mil anos e relatam a vida, os costumes, as lendas e a cultura do povo que originou a ocupação do continente Americano.
8- Centro Histórico de São Luís, Maranhão
A capital maranhense é uma mistura só: colonizada por franceses, ela também foi ocupada por holandeses antes da chegada definitiva do povo português. Datada do século 17, a cidade foi tombada em 1997 graças à preservação das ruas retangulares e da arquitetura colonial - uma herança de Portugal.
9- Centro Histórico de Diamantina, Minas Gerais
Uma das cidades históricas mais peculiares de MG recebeu o título de Patrimônio da Unesco em 1999. Foi construída no século 18 em meio a montanhas rochosas, de difícil acesso - justamente porque estas montanhas estavam repletas de diamantes. As igrejas, por exemplo, parecem-se com as casas - e muitas delas têm apenas uma torre. A cultura também tem características exclusivas, outro motivo para a cidade ter se tornado patrimônio pela Unesco.
10- Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás
Construída no século 18 de maneira a respeitar a geografia local, Goiás é um emaranhado de casinhas e igrejinhas em meio a ruas sinuosas. Rodeada pela Serra Dourada e cortada ao meio pelo Rio Vermelho, essa antiga capital do estado tornou-se Patrimônio da Unesco em 2001. A capacidade dos fundadores em erguer uma cidade em meio a montanhas, inspirados na arquitetura europeia, mas usando recursos locais, foi um dos motivos para a cidade ser tombada.
11-Praça São Francisco em São Cristóvão, Sergipe
Essa praça quadrada na pequena cidade de São Cristóvão, no interior do Sergipe, é exemplo da arquitetura típica dos franciscanos, ordem religiosa que ajudou a colonizar o Nordeste brasileiro. Cercada por edifícios históricos como a Igreja de São Francisco, a Santa Casa de Misericórdia, o Palácio e as casas erguidas entre os séculos 18 e 19, a praça recebe desde os tempos remotos importantes manifestações culturais e sociais.
12- Paisagens Cariocas, Rio de Janeiro
Os atrativos naturais em conjunção com o urbanismo carioca fazem da cidade uma das mais belas do planeta. Em 2012, a Unesco tombou as paisagens formadas entre o mar e as montanhas como Patrimônios Culturais da Humanidade. O Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico, o Corcovado (com a estátua do Cristo Redentor), a praia de Copacabana, o aterro do Flamengo e as colinas que cercam a Baía de Guanabara fazem parte da lista de intocáveis.
13- Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais
O local foi tombado em 17 de julho de 2016. Desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com projeto urbanístico de Lúcio Costa, o bairro da Pampulha foi concebido pelo megalomaníaco Juscelino Kubitschek em 1940 – que na época era prefeito de Belo Horizonte –, para ser conhecido como o bairro mais lindo do Brasil.
14- Cais do Valongo, Rio de Janeiro
Patrimônio mais recente do Brasil, foi tombado em 2017 pela Unesco. Localizado na região portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo foi o mais importante porto de entrada de escravos africanos no Brasil - cerca de 900 mil africanos chegaram à América do Sul através dele. As ruínas do Cais são os únicos resquícios da chegada de escravos no Brasil e lançam luz na história da escravidão no país, sendo reconhecidas pela Unesco como local de memória de eventos traumáticos e de sobrevivência, como ocorre com o Campo de Concentração de Auschwitz, na Polônia.