A atriz e cantora brasileira Elizeth Cardoso estaria completando 101 anos nesta sexta-feira (16), caso estivesse viva. O aniversário dela é celebrado pelo Doodle do Google, que homenageia a artista considerada a percussora da bossa ao lançar o álbum “Canção do Amor Demais”, em 1958.
Os doodles do buscador são versões divertidas do logotipo do Google que comemoraram feriados, aniversários e a vida de artistas famosos, pioneiros e cientistas.
A equipe de criação do Google testou alguns rascunhos de design e layout até conseguir chegar a versão comemorativa do aniversário da artista brasileira, usada nesta sexta.
O recurso está disponível apenas para usuários da plataforma que estejam no Brasil. Em outras regiões do mundo, o buscador exibe outras homenagens.
Quem é Elizeth Moreira Cardoso?
Elizeth Moreira Cardoso, que também era conhecida como Divina, nasceu em 16 de julho em uma família de músicos no Rio de Janeiro. Ela estreou como cantora ainda com apenas cinco anos. A primeira grande oportunidade ocorreu em sua festa de 16 anos, quando uma apresentação ao popular músico brasileiro Jacob do Bandolim mudou sua vida.
Bandolim se encantou com o talento da cantora e decidiu compartilhar o seu raro dom vocal. O artista concedeu a Cardoso um show de abertura para a formação de músicos brasileiros em 1936, incluindo nomes como Noel Rosa e Araci de Almeida.
A fama dela continuou a crescer na década de 1940 com aparições regulares ao lado desse grupo superstar e se apresentando em todos os lugares, de circos a salões de baile.
Em 1950, Cardoso gravou o primeiro hit, "Canção de Amor". A explosão de recepção popular para este single pavimentou o caminho para uma carreira musical frutífera que foi logo seguida pelo sucesso como atriz tanto na TV quanto no cinema.
Com músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, como "Chega de Saudade", "Estrada Branca" e "Outra Vez", o álbum é considerado um dos principais lançamentos da época da Bossa Nova, segundo a revista Rolling Stone.
Elizeth Cardoso tornou-se uma sensação internacional nas décadas seguintes; a versão sincera da música brasileira dela foi ovacionada de pé — por mais de 15 minutos em uma ocasião — e encantou globalmente o público em turnês mundiais até os anos 1980.
A cantora morreu em 7 de maio de 1990, aos 69 anos, vítima de um câncer no estômago.
Em 2007, a Rolling Stone Brasil listou a “Canção do Amor Demais” de Cardoso entre os 100 melhores álbuns de todos os tempos do país.
Discografia
Álbuns de estúdio solo
- Canções à Meia Luz (1955)
- Fim de Noite (1956)
- Noturno (1957)
- Canção do Amor Demais (1958)
- Retrato da Noite (1958)
- Naturalmente (1958)
- Magnífica (1959)
- A Meiga Elizeth (1960)
- A Meiga Elizeth nº 2 (1962)
- Grandes Momentos (1963)
- A Meiga Elizeth nº 3 (1963)
- Elizeth Interpreta Vinícius (1963)
- A Meiga Elizeth nº 4 (1963)
- A Meiga Elizeth nº 5 (1964)
- Quatrocentos Anos de Samba (1965)
- Elizete Sobe o Morro (1965)
- Muito Elizeth (1966)
- A Enluarada Elizeth (1967)
- Momento de Amor (1968)
- Falou e Disse (1970)
- Preciso Aprender a Ser Só (1972)
- Mulata Maior (1973)
- Feito em Casa (1974)
- Elizeth Cardoso (1976)
- A Cantadeira do Amor (1978)
- O Inverno do Meu Tempo (1979)
- Outra Vez Elizeth (1982)
- Ary Amoroso (1991)
Álbuns de estúdio em conjuntos
- Sax Voz (1960)
- Sax Voz nº 2 (1961)
- A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro (1966)
- A Bossa Eterna de Elizeth e Ciro nº 2 (1969)
- Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. I (1971)
- Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. II (1971)
- Todo o Sentimento (1991)
Álbuns ao vivo solo e em conjuntos
- Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. I (1968)
- Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. II (1968)
- Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata (1969)
- Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré (1970)
- É de Manhã (1970)
- Elizeth Cardoso em Tokyo (1977)
- Elizethíssima (1981)
- Recital (1982)
- Elizeth - Uma Rosa para Pixinguinha (1983)
- Leva Meu Samba (1984)
- Luz e Esplendor (1986)