PF prende suspeito de ataque hacker ao TSE e cumpre mandados em SP, MG e Portugal

Informações de ex-servidores e ex-ministros do tribunal foram divulgadas; não há relação com processo eleitoral

A Polícia Federal prendeu, neste sábado (28), o suspeito do ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral. Ele foi preso em Portugal. No primeiro turno das eleições, no último dia 15, foram expostas informações retiradas do TSE, com o objetivo de desacreditar a segurança do sistema de computadores da Justiça Eleitoral. 

A Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária Portuguesa também participa da operação. São cumpridos três mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados em São Paulo e Minas Gerais. Em Portugal, também foi cumprido mandado de busca e apreensão, além do de prisão. 

O inquérito da PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa. O ataque expôs informações de ex-servidores e ex-ministros do TSE. O material foi retirado do Portal do Servidor, um sistema administrativo que reúne endereços e telefones e não tem relação com o processo eleitoral.

O material não mostra informações registradas no TSE após o dia 2 de setembro, então a suspeita é de que o ataque ocorreu antes de 1º de setembro. 

No dia das eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que o tribunal não sofreu ataque hacker bem-sucedido no primeiro turno das eleições. Houve uma tentativa de derrubada do sistema do tribunal.

Segundo o ministro, o ataque foi totalmente neutralizado pelo TSE com a ajuda de empresas de telefonia. Barroso afirmou, na época, que a origem da investida teria sido provavelmente de fora do país e "com um grande volume de tentativas".

Além disso, Barroso afirmou que medidas tomadas pelo órgão para prevenir a invasão de ataques causou instabilidade no aplicativo e-título.