O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral passou mal, nesta quarta-feira (23), após saber que o filho, José Eduardo Neves Cabral, é um dos procurados pela Operação Smoke Free, deflagrada pela Polícia Federal contra o comércio ilegal de cigarros no Estado.
Preso no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, o político foi atendido na enfermaria da unidade de detenção por volta das 11h, conforme relataram o outro filho dele, Marco Antônio Cabral, e fontes da Polícia Militar ao portal g1.
A operação da PF, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), tem objetivo de "desmantelar organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros".
Operação Smoke Free
Ao todo, foram expedidos 27 mandados de prisão preventiva destinados a policiais militar e federal e bombeiros, além do filho do ex-governador. Dessas ordens, 13 já foram cumpridas até as 10h50, conforme a publicação. José Eduardo Neves Cabral ainda não teria sido encontrado pelos agentes de segurança.
Conforme a Polícia Federal, a investigação, iniciada em 2020, indica que o grupo criminoso, entre 2019 e 2022, com falsificação ou não de emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas (facções, milícias, etc), através do acerto entre elas e o grupo. Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior irregularmente, entre outros ilícitos cometidos.
Além dos mandados de prisão, 50 de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Também foram emitidas ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões.
O grupo investigado também é acusado de possuir um débito tributário de, aproximadamente, R$ 2 bilhões com a União, segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) — da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília —, compartilhou informações e colaborou com a corporação federal brasileira na operação.
Os investigados podem responder pelos crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Caso sejam condenados, podem receber sentenças no patamar de 66 anos de prisão, sem contar os possíveis agravamento de pena.
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