Sargento da Marinha que matou vizinho por 'engano' em São Gonçalo é indiciado por homicídio culposo

Militar disse que confundiu homem com criminoso. Uma fiança de R$ 120 mil foi estipulada

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, preso em flagrante pela morte do vizinho Durval Teófilo Filho na quarta-feira (2), foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A informação é da TV Globo.

A polícia interpretou que o militar não teve a intenção de matar ao confundir a vítima com um criminoso. Uma fiança de R$ 120 mil foi estipulada, mas até a última atualização desta reportagem não havia sido paga, e o sargento permanecia preso.

"Segundo declaração do autor, ele atirou na vítima em reação a uma suposta tentativa de assalto, enquanto a mesma caminhava e mexia em sua mochila. Ao constatar seu erro, o acusado prestou imediato socorro a Durval, levou para um hospital, mas ele não resistiu. De acordo com a DHNSG, o autor do crime foi indiciado por homicídio culposo e permanece preso", diz nota da Polícia Civil.

Ação na porta de condomínio 

Câmeras do circuito interno de segurança de um condomínio em São Gonçalo, na Região Metropolitana Rio, revelaram, Durval Teófilo Filho, 28, chegando em casa, depois do trabalho, segurando uma mochila.

Dentro de um carro parado na entrada de uma garagem estava o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra.

Após tentar abrir o portão com o controle remoto que não estava funcionando, ele aguardava a mulher para abrir. Quando Durval mexeu na bolsa, o militar disparou.

O sargento da Marinha saiu do carro e atirou mais duas vezes. Durval acenou com a mão, já caído. Quando percebeu que Durval estava desarmado e era um vizinho, o militar socorreu a vítima, que morreu no hospital.

Preso em flagrante

No hospital, Aurélio Bezerra foi preso em flagrante por policiais militares que estavam de plantão. O sargento da Marinha foi levado para delegacia e indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O indiciamento pode mudar em até 30 dias. Em depoimento, ele alegou legítima defesa.

O sargento disse que achou que fosse uma tentativa de assalto quando a vítima caminhou na direção dele mexendo na mochila. Alegou ainda que o lugar é perigoso e costuma ter muitos assaltos.