As prateleiras de cervejas estão cada vez mais tomadas pelos rótulos "sem álcool" ou com baixo teor alcóolico. A percepção é confirmada pelos dados da Euromonitor Internacional, empresa de inteligência estratégica que pesquisa mercados ao redor do mundo. As informações são do portal g1.
Segundo a empresa, em 2023, a produção desse tipo de cerveja deve ultrapassar os 480 milhões de litros no Brasil. O volume é 24% a mais em relação a 2022, em mercado que já corresponde a 2,5% de toda a bebida consumida no País.
Essa é a quantidade de cerveja sem álcool ou com baixo teor alcóolico prevista para ser produzida no Brasil em 2023
Para efeitos de comparação, em 2019, foram produzidos 140 milhões de cerveja zero álcool ou com redução no teor alcóolico. Em quatro anos, a produção mais do que triplicará.
Em todo o mundo, o consumo desse tipo de cerveja já chega a 3% de todas as vendas, batendo a casa dos 6,5 bilhões de litros produzidos em 2022 - e a previsão é que o crescimento continue disparando.
Um dos fatores que explica esse número está na tecnologia. Se antes a diferença entre o sabor de um produto alcóolico e zero álcool era grande, com o desenvolvimento de novas técnicas de produção da cerveja, o gosto entre ambas está cada vez mais próximo.
A procura por hábitos saudáveis, mas sem perder a qualidade e o sabor, também pode explicar o crescimento do setor nos últimos anos.
Cervejas sem glúten, com baixo teor de carboidratos, aliados à redução no teor alcóolico, estimulam o segmento a procurar por novos produtos.
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, e deve fechar 2023 tendo fabricado mais de 16,1 bilhões de litros da bebida.