A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que apura a contaminação de cervejas produzidas pela cervejaria Backer por uma substância tóxica, cujo consumo matou ao menos nove pessoas e levou dezenas de outros consumidores ao hospital.
Conforme os responsáveis pela investigação já vinham antecipando, a conclusão descarta a hipótese de sabotagem. Ou seja, para a Polícia Civil, não há nada que indique uma ação intencional para prejudicar a cervejaria. A corporação disse que divulgará mais informações em entrevista coletiva, que teve início por volta das 10 horas desta terça-feira (9).
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito já acumula cerca de 4 mil páginas. Mais de 70 pessoas prestaram depoimentos às equipes coordenadas pela 4ª Delegacia de Barreiro, bairro de Belo Horizonte. Dentre elas, vítimas, suspeitos e testemunhas.
Além disso, desde 5 de janeiro, a fábrica da Backer, na capital mineira, e empresas fornecedoras de matéria-prima foram alvos de perícias ou de cumprimentos de mandados de busca e apreensão.
A contaminação de lotes inteiros de diferentes tipos de cerveja produzidos pela Backer foi causada pela presença da substância dietilenoglicol. Devido a suas propriedades anticongelantes, a substância costuma ser usada em sistemas de refrigeração, por vários segmentos produtivos.