Pastor morto no Rio de Janeiro teve cotidiano monitorado por seguranças de bicheiro

Áudios obtidos pela reportagem do Fantástico, da Globo, revelam conversas entre Guimarães e os seus seguranças sobre o monitoramento da vítima por quase três anos

Morto em 2020 em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o pastor Fábio de Aguiar Sardinha teria sido monitorado cotidianamente por capangas de Ailton Guimarães Jorge, ex-presidente da Liga das Escolas de Samba e chefe de organizações do jogo do bicho no estado. As informações são do Fantástico.

As investigações apontam que Capitão Guimarães, como é conhecido, foi o mandante do crime. Áudios obtidos pela reportagem do programa da Globo revelam conversas entre Guimarães e os seus seguranças sobre o monitoramento da vítima por quase três anos.

"Consegui a foto nova do nosso amigo da Bíblia. Endereço em Niterói. A gente se fala segunda", dizia Alzino, policial civil e braço direito de Guimarães, nas gravações. "Domingo nós vamos ter aquela visita lá ao pastor. Ele vai tá lá, entendeu? Pra gente fazer aquela reza. Aí desde de manhã vai ter um pessoal lá monitorando já, mas a princípio é à noite, entendeu?"

O material em questão é de 2019, quando o grupo planejava o assassinato, que foi frustrado à época. Além de Alzino, o ex-policial militar Deveraldo Lima Barreira, o Barreirinha, teria articulado o crime.

Outros 23 policiais faziam parte da máfia de Capitão Guimarães, mostram as investigações.