Uma nova variante do coronavírus foi identificada no Rio de Janeiro, conforme comunicado divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) nesta quinta-feira (6). A cepa recebeu o nome de P.1.2. As informações são do portal UOL.
A nova cepa, segundo as autoridades, recebeu esse nome por se tratar de uma mutação ocorrida na linhagem P.1, identificada inicialmente em Manaus e atualmente em maior frequência (91,49%). A P.1.2, por sua vez, foi identificada em 5,85% de um total de 376 amostras submetidas à segunda etapa de sequenciamento realizado pelo órgão.
A nova variante foi observada principalmente na região norte do estado, mas, também, em amostras de municípios das regiões Metropolitana, Centro e Baixada Litorânea.
Ao todo, a pesquisa investigou amostras coletadas em 57 cidades fluminenses, escolhidas a partir de genomas enviados ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen-RJ), entre os dias 24 de março e 16 de abril.
Não é possível avaliar letalidade
A subsecretária de Vigilância em Saúde da SES e coordenadora da pesquisa, Cláudia Mello, indica que ainda não é possível avaliar se a nova cepa é mais letal ou transmissível que a P.1.
"A partir deste resultado, o monitoramento segue aprofundando os efeitos que poderão ser apresentados, ou seja, o comportamento epidemiológico da variante. Até o momento, não se pode avaliar se é mais transmissível e/ou letal", explica.
Outras variantes na pesquisa
As linhagens B.1.1.7, variante identificada inicialmente no Reino Unido, e P2, identificada no próprio Rio de Janeiro, também foram identificadas, mas em menores proporções: 2,13% e 0,53%, respectivamente.
Segundo o estudo, a linhagem P.1 segue presente em quase todas as regiões do estado, enquanto a P.2 se mantém nas regiões norte e Baixada Litorânea. A cepa B.1.1.7 foi encontrada em todas as regiões, com exceção da Baixada Litorânea.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde estão realizando outros dois sequenciamentos de amostras obtidas no Rio de Janeiro. De fevereiro até agora, foram analisadas 708 amostras, com prevalência da variante P.1.