O suspeito de chefiar a milícia em atuação na Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foi baleado em uma operação da Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (26). Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, conhecido como Bokinha, é apontado como um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia atualmente em solo carioca.
O disparo saiu de confronto entre Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) com Bokinha e mais um miliciano. O homem é apontado como segurança de Bokinha e os dois foram baleados durante a ação.
Segundo informações do portal g1, Bokinha foi encaminhado para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Internado no local, a única informação é de que ele permanece estável, sem mais detalhes sobre o estado de saúde após ter sido atingido.
Prisão preventiva
Boquinha teve a prisão preventiva decretada no último dia 11 de outubro pelo juiz Nilson Luis Lacerda, da 2ª Vara Criminal do Rio. Ele é apontado, segundo investigações policiais, como pessoa próxima da hierarquia da milícia da Zona Oeste.
Bokinha, e mais três homens do mesmo grupo, incluindo Zinho e Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, são apontados como responsáveis por uma execução e ocultação de um corpo, conforme aponta processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A morte de Matheus Rezende, sobrinho de Zinho, tem marcado momentos de tensão na Zona Oeste desde a última segunda-feira (23), quando 35 ônibus e 1 trem foram queimados na capital do Rio.
Ainda conforme o portal g1, os ataques foram ordenados por milicianos, que ofereceram R$ 500 por cada ônibus incendiado e solicitaram que as ações fossem registradas. O objetivo dos ataques seria, inclusive garantir a fuga de Zinho da comunidade Três Pontes, na Zona Oeste, local onde o sobrinho havia sido morto.